Mãe conta já procurou vários órgãos públicos para conseguir benefícios para o filho (Foto: Portal Infonet) |
O adolescente Nailton José dos Santos, 15 anos, estava brincando de bola com colegas no Parque dos Faróis, no município de Nossa Senhora do Socorro, quando sofreu um acidente e perdeu todos os movimentos em outubro de 2011. O adolescente ficou internado durante 10 meses, e ao retornar para casa a família sofre o dilema para conseguir materiais básicos, a exemplo de fraldas.
O acidente aconteceu no dia 15 de outubro de 2011. Ele estava brincando de futebol com uns colegas perto de um tanque de água no loteamento Itacanema, no bairro Parque dos Faróis. “A bola caiu dentro do tanque e ele pulou batendo a cabeça, e com isso perdeu todos os movimentos”, lembra a mãe, Pureza dos Santos.
Foram três meses de internamento na UTI do Hospital Urgência de Sergipe (Huse), e mais três meses na enfermaria se recuperando para fazer a cirurgia no pescoço. No dia 3 de março Nilton fez uma cirurgia no quadril para retirar um osso e reconstituir o pescoço saindo do hospital no dia 10 de abril. Segundo dona Pureza, assim que retornou para casa ela procurou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Nossa Senhora do Socorro, e apresentou um relatório com todo o material que Nilton necessitaria para recuperação, entre eles, medicamento, alimentação, material para curativo, cama hospitalar e fraldas geriátricas.
Adolescente estava brincando com amigos quando sofreu acidente (Foto: Reprodução/ Portal Infonet) |
“Consegui a cama, o aspirador, e depois um colchão hospitalar para o meu filho. Pedi os materiais para fazer o curativo dele no mês de abril, mas a SMS só passou a fornecer há uma semana”, conta.
Dificuldades
Quando recebeu alta no mês de abril, Nilton ficou um mês e meio em casa depois retornou para o hospital por causa de uma infecção. “Foi solicitado pela médica do Huse que o curativo deveria ser feito duas vezes por dia pela enfermeira do posto de saúde. Como a enfermeira não apareceu meu filho acabou pegando uma infecção. Eu fazia mesmo sem saber, e por não ter experiência aconteceu isso”, conta. O adolescente ficou internado por quatro meses, sendo três meses na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Fernando Franco e um mês no Huse.
No dia 2 de outubro, Nilton retornou para casa no Parque dos Farois. Durante o tempo de hospitalização, dona Pureza aprendeu no Huse a como fazer os curativos para cuidar do filho. “A enfermeira me ensinou, e hoje faço os curativos. Um funcionário da SMS vem três vezes por semana para fazer o curativo, sendo que o ideal é duas vezes ao dia”, diz.
A dona de casa, Pureza dos Santos, conta já procurou vários órgãos para conseguir materiais gratuitos para cuidar do filho. Ela conta que ele recebe um auxílio de R$ 622, mas não é suficiente para arcar as despesas que ultrapassam o valor de R$1 mil, sendo que a renda da família somando o auxílio de Nilton é cerca de R$ 800. “Ele recebe um auxílio, mas não é suficiente para pagar tudo. Só uma pomada pequena custa R$ 40 e a grande quase R$ 80. Estou com dificuldade até de manter a casa. Ele come mais comida pastosa, que custa mais caro”, afirma.
Além dos gastos com medicamentos e alimentação, o adolescente usa um pacote de falda por dia. Segundo dona Pureza, o custo é muito alto. “Depois de muita luta consegui que a SMS fornecesse o material para fazer o curativo. As fraldas são o que mais preciso, e ele tem direito. Já fiz até uma denúncia na Defensoria para receber as fraldas com urgência”, diz. A dona de casa ainda explica que procurou o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Parque dos faróis, mas foi informada que as fraldas não poderiam ser fornecidas.
Dona de casa aprendeu a fazer curativos para ajudar o filho |
A dona de casa já procurou o Ministério Público Estadual (MPE), que a encaminhou à Defensoria Pública para tentar consegui alimentação, medicamento e as fraldas geriátricas. Até que os órgãos públicos consigam viabilizar o fornecimento desses materiais, a dona casa conta com a ajuda da comunidade para impedir que o filho volte a ser internado. “Já fiz uma foto dele com o antes e o depois para pedi ajuda pelas ruas, pois não quero que meu filho volte a ser internado. Quem quiser colaborar pode ajudar com fraldas, leite e alimentação”.
Prefeitura de Socorro
De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Nossa Senhora do Socorro, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) cedeu uma cama hospitalar com colchão hospitalar e um aspirador de pó para a família. Também foi cedido todo o material para fazer a limpeza e curativo da criança. A informação é que a família está recebendo toda a assistência necessária.
Sobre as fraldas descartáveis a informação é que a solicitação foi realizada em outubro, período em que o município ficou impedido de realizar a doação por conta de legislação eleitoral.A prefeitura deixa claro que as assistentes sociais estão realizando o acampamento do paciente.
Por Adriana Freitas
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