Estudante só anda com álcool gel na bolsa |
O hábito de lavar as mãos e limpar a casa é considerado normal, mas em excesso pode causar sérios problemas de saúde. Quando essa mania é repetida várias vezes ao dia acompanhada de pensamentos compulsivos, já pode ser considera uma doença.
A estudante Danúbia dos Santos não deixa de carregar o álcool gel na bolsa. Ela conta que há cinco anos tem a mania de evitar segurar em maçanetas de ônibus e usar álcool gel em todos os lugares que vai. “Quando entro no ônibus evito pegar nos ferros de apoio e procuro sentar logo. Ou às vezes seguro no vidro, pois sabemos que o ônibus é um local onde há muitas bactérias”.
A mania da estudante é um exemplo comum de preocupação com higiene pessoal, mas a psicóloga Cláudia Soledade explica que essa ‘mania’ em excesso pode se transformar em um Transtorno Compulsivo Obsessivo (TOC). “Mania todos nós temos um pouco e quando ela é prazerosa é normal. Agora é preciso tomar cuidado quando esta mania se torna repetitiva. Qualquer mania que gere desconforto, sofrimento e ansiedade precisa ser observada”, explica.
Psicóloga dá dicas de como amenizar transtornos |
De acordo com a psicóloga Cláudia Soledade, os casos de higiene e limpeza da casa são os casos mais freqüentes. “Uma coisa é manter a casa limpa e perfumada, lavar as mãos antes das refeições é um hábito. Outra coisa é você, por exemplo, todas as vezes que chega em casa não sentar no sofá se não trocar imediatamente de roupa. Não permitir que os seus familiares entrem na sua casa e já sentem no sofá porque vai trazer uma doença e exigir que essas pessoas troquem de roupas”.
Características
‘Se eu não vou lavar a mão vou me contaminar’, pensamentos compulsivos como esses acompanhados de sofrimento e ansiedade podem ser sinais de alerta. Segundo a psicóloga, o paciente só vai se sentir aliviado quando realizar o ato compulsivo de limpeza ou higiene.
“É bom observar a freqüência com que isso ocorre. Se o meu filho todo vez que come algo corre para escovar os dentes e permanecer por mais de duas semanas pode ser caracterizado como o TOC”, alerta Cláudia Soledade.O TOC é caracterizado por pensamentos compulsivos e atos repetitivos para aliviar a ansiedade. Segundo Cláudia Soledade, um estudo de um Instituto nos Estados Unidos afirma que 2% da população apresentam o TOC.
A psicóloga orienta aos familiares que ao perceberem os sinais do TOC procurar o mais rápido um tratamento. Cláudia ainda explica que o diagnóstico é muito tardio na maioria dos casos porque a doença é confundida como uma mania e o paciente não aceita, pois considera algo normal. Quanto às causas da doença, pode ser biológico, histórico, fatores psicológicos ou casos na família de mães que acabam influenciando os filhos.
Consequências
As pessoas acometidas com o transtorno percebem que os pensamentos são inadequados, mas elas não sabem como lidar e evitar ao to compulsivo. A pessoa acha que é normal, embora no consciente ela saiba que é um pensamento exagerado, mas ela não consegue evitar. Sempre que ela pega em um corrimão ela fica angustiada, só fica aliviada quando ela lavar as mãos”, afirma a psicóloga Cláudia Soledade.
Em casos mais graves o transtorno acaba afetando outras pessoas da família do paciente. Segundo Cláudia, algumas pessoas chegam a exigir que outros familiares pratiquem o mesmo ato compulsivo gerando crise na família.
O tratamento do TOC é mais eficaz com o uso da medicação e da terapia. A aceitação e a demora para perceber as dificuldades são as principais dificuldades dos pacientes no tratamento.
Por Adriana Freitas e Eliene Andrade
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