Saúde: 11 toneladas de produtos vencidos na PMA

Gorete: dívidas e desmandos (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Débitos superiores a R$ 52 milhões, 11 toneladas de medicamentos e outros produtos que devem ser incinerados porque apresentam prazo de validade vencido, falta de oxigênio e de equipamentos nas unidades de saúde, veículos sem condições de uso e ausência de transparência na transmissão de informações. Esta foi a herança observada na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciada na manhã desta terça-feira, 22, pela secretária Gorete Reis.

Além destas observações, a secretária não descarta a possibilidade de ingressar com ação judicial contra o Governo do Estado para obrigar a Secretaria de Estado da Saúde a repassar recursos pendentes em montante superior a R$ 23 milhões. Segundo a secretária, o Governo do Estado está tentando negociar o pagamento em 12 meses. “Mas é um prazo muito longo para uma secretaria que possui muitos débitos”, considerou.

Entre os entulhos no almoxarifado, a secretária informou que encontrou também equipamentos novos, ainda embalados, desprezados. “Não entendi porque equipamentos novos estão no entulho como lixo. Vamos fazer um levantamento total e encaminhar um relatório ao Ministério Público Estadual para que eu não possa ser responsabilizada por atos da administração anterior”, informou.

Gorete Reis: judicializar para receber débitos do Governo do Estado

E o montante do débito, segundo avaliou, pode ser superior uma vez que, conforme frisou, a todo momento chegam faturas correspondentes a serviços prestados no ano passado. “Estou me sentindo a maior velhaca do mundo sem ter feito dívida”, brincou.

Quanto aos medicamentos e produtos com prazos de validade vencidos, a secretária avalia que ocorreu falha na gestão passada, por não ter programado aquisição dos produtos em volume compatível com a demanda das unidades de saúde mantidas pela Prefeitura de Aracaju. Como consequência, a SMS terá grande despesa com medidas para descartar aqueles produtos.

“Para incinerar, cada quilo custa R$ 13. Faltou cuidado. Não justifica, tudo isso passa pelo planejamento. Vamos mudar a logística para que possamos ter maior controle no estoque, para não se comprar em quantidade além da necessidade”, observou.

Por Cássia Santana

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