Saúde incentiva gestantes a realizar o pré-natal

(Foto: Ascom SES)

Marinheira de primeira viagem, J.S., de apenas 17 anos, fez o exame pré-natal no Centro de Atenção Integrada à Saúde da Mulher (CAISM), referência para o acompanhamento de mulheres com gravidez de alto risco. Além da pouca idade, a adolescente sofre de asma e as dificuldades respiratórias complicaram a gestação. "Tinha muito cansaço pulmonar. Fui encaminhada à Aracaju pela enfermeira do município de Ilha das Flores, onde resido. No Caism fiz quatro ultrassonografias. Tive medo pela minha falta de experiência, mas o parto foi tranquilo. Hoje estou com a minha Letícia, como sempre sonhei," relatou a estudante.

Celiane dos Santos, 32, não esconde o sorriso após receber alta médica com a pequena Isabela nos braços. A menina saudável é a quarta filha da dona de casa. "Graças a Deus tudo deu certo. Apesar da minha hipertensão, fiz todo acompanhamento na unidade de saúde do Mosqueiro, onde moro, e consegui controlar as crises. O cartão da gestante ficou completo com as consultas que compareci. O pré-natal é um gesto de amor", comemora.

As duas gestantes, que deram à luz na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), unidade assistencial especializada em partos de alto-risco, fazem parte dos 80% de mulheres sergipanas que realizam mais de quatro consultas do pré-natal durante a gravidez e menos de 50% que realizam sete ou mais consultas. Em torno de 60% iniciam o pré-natal no primeiro trimestre da gravidez.

Os indicadores da Secretaria de Estado da Saúde (SES) mostram que a maioria das mulheres sergipanas faz o mínimo de consultas aceitável e menos da metade, a quantidade ideal. “A pré-maturidade é a principal causa de morte neonatal. Os exames do pré-natal são importantes para rastrear os problemas mais comuns durante a gravidez, como diabetes e infecção urinária. Também são fundamentais para detectar os problemas que apresentam repercussões trágicas para mãe ou o feto, por exemplo, o HIV, incompatibilidade Rh, Sífilis, entre outros”, explicou André Baião, médico e referência técnica para a saúde da mulher da SES.

Sífilis e AIDS

A Sífilis e a AIDS também são motivos de grande preocupação da SES. A Sífilis em gestantes alcançou o patamar de 310 notificações e a Sífilis Congênita, aquela em que o bebê adquire a doença da mãe durante a gravidez, chegou a 339 casos somente em 2012. A AIDS em crianças, também passada da mãe para o filho, chegou em 2012 com 91 casos registrados e 21 óbitos. “Além de fazer corretamente o pré-natal, as gestantes devem usar camisinha nas relações sexuais durante a gravidez, mesmo que ela seja casada”, alertou Almir Santana, gerente do Programa Estadual de DST/AIDS.

Rede de assistência

Em uma mulher, a gravidez pode ser classificada como baixo risco, risco habitual ou de alto risco. A avaliação deve ser feita pelo médico da Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próximo da residência da gestante. Na UBS, ela é acolhida, cadastrada e avaliada para classificação de gestação. A partir disso, inicia-se um calendário de consultas e exames orientados pela Equipe de Saúde da Família.“A gestante de alto risco será encaminhada para fazer exames como eletrocardiograma, ultrassonografia para analisar a circulação sanguínea do feto, verificação da vitalidade dele, entre outros. Em alguns casos, a mãe é encaminhada para médicos especialistas como cardiologistas e psiquiatras”, disse André Baião.

Durante a gestação e a realização do pré-natal, a gestante pode ser reclassificada quanto ao risco. “Se a gestação for de alto-risco, ela seguirá o tratamento em uma unidade, como a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. Caso seja de baixo risco, ela seguirá para uma das maternidades da rede hospitalar Estadual”, disse o médico

O técnico da SES orientou as mulheres para procurar uma UBS assim que detectar a gravidez para que os profissionais de saúde providenciem os exames e façam o devido acolhimento à gestante. “As mulheres que têm atraso menstrual, sintomas como náuseas, principalmente de manhã, sensação de inchaço no corpo e nas mamas, podem estar grávidas. Se confirmada a gravidez, além das consultas com o médico, enfermeira e dentista, ela receberá prescrição de suplementos de ferro e ácido fólico como forma de prevenção de anemia e doenças no bebê”, concluiu.

Fonte: Ascom SES

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