Gratuidade da vacina contra o HPV anima categoria médica

Dr. Almir Santana comemora a distribuição gratuita da vacina (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O projeto que poderá beneficiar meninas e mulheres com idade entre 9 e 45 anos, com a distribuição gratuita da vacina contra o papilomavírus humano (HPV) pelo Sistema Único de Saúde (SUS), anima a categoria médica. A aplicação da vacina de HPV tem maior eficácia se for feita antes do início da atividade sexual de mulheres e homens, principalmente na faixa dos 9 aos 26 anos. Isso porque, nessa fase, as pessoas ainda não se expuseram tanto ao vírus, que é uma doença sexualmente transmissível (DST).

Para o coordenador do programa estadual de DST/Aids, Almir Santana, se aprovada a gratuidade da distribuição da vacina, o indicie no número de mulheres com HPV irá reduzir nos próximos anos. “O projeto  foi aprovado recentemente pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado. O projeto ainda vai para a câmara dos deputados e depois para a Presidente Dilma aprovar”.

Projeto

O projeto é de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). O projeto foi aprovado dia 14 de janeiro deste pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado. A ideia é oferecer para a população nessa faixa etária um aliado no combate ao HPV, vírus transmitido por contato sexual que vem sendo considerado a principal causa do câncer do colo de útero.

Entenda o HPV

HPV é a sigla em inglês para papiloma vírus humano. Os HPV são vírus capazes de provocar lesões de pele ou mucosa. Nas regiões genitais do homem e da mulher, as lesões recebem o nome de condiloma acuminado ou “verrugas venéreas”. A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta.

Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas. A grande preocupação é a ligação do HPV com câncer principalmente no útero, pênis e ânus. Grande parte dos cânceres de colo de útero está associado ao HPV. Existem vários tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos.
Estudos comprovam que muitas mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas.  Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens.

Transmissão

A transmissão é por contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus.

Vacina contra o HPV

Existem duas vacinas de dois grandes laboratórios no mercado. Uma delas, a bivalente, protege contra os vírus mais associados ao câncer de colo do útero – o 16 e o 18. A quadrivalente (também chamada de tetravalente) abrange uma maior variedade: além do HPV que causa o câncer, também previne contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. Os preços da vacina variam de acordo com a clínica, mas cada dose (são três) custa em média R$ 200 (bivalente) e R$ 400 (quadrivalente) e ainda não estão disponíveis pelo SUS.

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