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Médicos debatem técnicas alternativas (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet) |
A Sociedade Médica de Sergipe (Somese) concentrou o tradicional almoço semanal em temas mais científicos, trazendo nesta quinta-feira, 7, técnicas alternativas para tratamento de doenças que ainda encontram resistência no Conselho Federal de Medicina (CFM): a estimulação magnética transcraniana e o pilates.
Para tanto, duas especialistas participaram dos debates promovidos pela Somese nesta quinta-feira, 7: a psiquiatra Glaise Franco e a fisioterapeuta Rosana Gonçalves. “É um almoço tradicional realizados às quintas-feiras com temas variados e hoje nós trouxemos discussões mais na parte científica e promoção à saúde”, explica o secretário geral da entidade, Lúcio Prado Dias.
A fisioterapeuta Rosana Gonçalves falou sobre a importância do pilates na prevenção e reabilitação de pacientes com problemas osteomusculares e disfunções posturais. Para a fisioterapeuta, a técnica de alongamento conhecida como Pilates é uma grande novidade na fisioterapia e essencial para a reabilitação física dos pacientes, por associar o condicionamento físico ao bem estar.
Limitações
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Psquiatra adverte para benefícios de método alternativo para tratar dores crônicas |
Já a psiquiatra Glaise Franco explicou que a estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr) é uma técnica usada para estimular ou inibir certas áreas do cérebro. “Vai depender da indicação”, considera. Mas ela lamenta que a técnica só esteja liberada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para tratamento de depressão de tipos variados [no pós-parto, durante a gestação, pós-AVC, depressão unipolar e bipolar] e em alucinações auditivas na esquizofrenia.
“Mas a técnica serve também para outras situações”, adverte a psiquiatra, exemplificando que a estimulação magnética é também indicada para dores crônicas, com grande eficácia para casos de zumbido e também para reduzir fissura na dependência a cocaína.
Segundo a psiquiatra, estas aplicações ainda não foram reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina. “É liberada apenas para pesquisa e as pessoas só podem fazer através de determinação judicial”, explica. Segundo a pisiquiatra, pesquisadores da USP estão dialogando com o CFM para ampliar o acesso a esta técnica. “Em Sergipe, um paciente que tem problema de zumbido nos procurou, mas não sabemos informar se ele entrou com ação judicial para ter acesso”, diz.
Por Cássia Santana