Moradores reclamam de deficiência em posto de saúde

Elenita já começou a colher assinaturas (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Os moradores do bairro Santa Maria estão insatisfeitos com o esquema de atendimento no Posto de Saúde Celso Daniel. A comunidade reclama da superlotação e das dificuldades que encontra para marcar exames médicos. Diante da deficiência, os moradores estão se organizando para entregar um abaixo assinado à Prefeitura de Aracaju solicitando providências.

A dona de casa Elenita de Deus Fontes informa que já colheu as primeiras assinaturas na manhã desta segunda-feira, 11, entre as pessoas que se encontravam naquele posto de saúde. “Está todo mundo inconformado”, diz. “Falta até material essencial para o atendimento”, comenta. “O pessoal vai para o posto, mas não trabalha. Fica lá sem fazer nada porque falta material”, reclama.

A dona de casa Sandra de Jesus revela que encontra muita dificuldade para marcar um exame médico. “Chequei às 4h40 da madrugada e até agora não consegui resolver nada. Eles botaram só um funcionário para marcar exame e a fila não anda porque tem muita gente pra ser atendido”, observa a dona de casa.

População reclama da superlotação

A dona de casa Fabiana Xavier também revela que passou pelo mesmo problema. “Cheguei aqui às 6h da manhã e vou embora sem conseguir marcar nada”, observa. Ela diz que está angustiada porque está tentando, sem obter sucesso, marcar consulta a um neurologista e um ortopedista para o filho. “Tem mais de 50 pessoas esperando e não tem nenhum médico”, observa.

A dona de casa Elaine Cristina da Silva disse que chegou às 4h30 da manhã no posto de saúde e, da mesma forma, retornou para casa porque não conseguiu marcar o atendimento. “O Posto não tem nada. A gente vem e volta sem conseguir marcar nada. Tô com meu filho doente e não consigo marcar a consulta porque só tem uma pessoa fazendo o atendimento”, desabafou.

Regularidade

A técnica de enfermagem Cristina dos Santos não vê motivo para as pessoas chegarem tão cedo ao posto de saúde. “Os usuários chegam muito cedo porque querem, mas a unidade só funciona a partir das 7 horas. Eles chegam 4 horas da manhã sabendo que só começam a ser atendidos às 7 horas”, ressaltou.

Elaine: dificuldade para marcar consulta para o filho

A Secretaria Municipal de Saúde reconhece a deficiência e informou que já está adotando providências para corrigir as falhas. De acordo com informações da assessoria de comunicação, a secretaria reduziu o número de atendentes em vários órgãos a ela vinculados por considerar uma quantidade desnecessária. No entanto, conforme a assessoria, a própria equipe da Secretaria Municipal de Saúde percebeu que alguns funcionários não receberam o treinamento necessário para fazer a regulação e, como consequência, a secretaria já adotou as primeiras medidas para corrigir as falhas.

A assessoria informa que o número de pacientes aumentou consideravelmente em função da chegada de moradores do bairro novo [o 17 de Março]. Para minimizar o impacto, a secretaria determinou, nesta manhã, o atendimento diário a oito pacientes provenientes do 17 de Março uma vez que aquele bairro ainda não dispõe de unidade de saúde.

Sandra reclama da morosidade no atendimento

A solução, segundo a assessoria, surgirá em breve. É pretensão da SMS destinar um quantitativo de médicos do Programa de Valorização à Atenção Básica (Provab) para atender exclusivamente àquela comunidade do 17 de Março. A SMS vai receber 12 médicos doados pelo Ministério da Saúde por meio do Programa, mas ainda não definiu quantos ficarão no 17 de Março, segundo a assessoria.

A assessoria informa também que alguns serviços foram interrompidos devido a problemas detectados em aparelhos de ar condicionado. De acordo com a assessoria, a atual gestão encontrou muitos equipamentos danificados por falta de manutenção e que já está adotando medidas para fazer o reparo.

Por Cássia Santana