Médicos protestam por falta de materiais no Nestor Piva

Médicos tentaram uma paralisação no atendimento (Fotos: Arquivo Portal Infonet)

Nesta quinta-feira, 21, médicos plantonistas tentaram iniciar uma paralisação em protesto contra a falta de medicamentos no Hospital Nestor Piva. Segundo funcionários, o intuito dos médicos era fechar a unidade hospitalar. No momento da ação, estavam presentes representantes do Conselho Regional de Medicina e o secretário adjunto de Saúde do município, dr. Petrônio Gomes.

Ainda de acordo com os funcionários, a falta de materiais básicos como luvas de procedimento também foi um dos motivos do protesto. Hidantal, Diazepan, Midazolan, Morfina e Tramal são algumas das medicações que, segundo os médicos, estaria em falta no Nestor Piva.

Durante o protesto, os manifestantes teriam se encaminhado à delegacia local para registrar um boletim de ocorrência contra a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a direção do hospital. O protesto durou cerca de uma hora.

SMS

De acordo com a assessoria de comunicação da secretaria, a ação foi provocada por dois médicos, que reivindicavam o fornecimento de quatro medicações: Tramal, Midazolan, Morfina e Fenitoína. As medicações, no entanto, já haviam sido providenciadas pela SMS, e estavam a caminho da unidade hospitalar. A ação dos dois médicos teria sido abortada pela chegada do caminhão que realizava o transporte dos remédios.

A assessoria salientou o fato de que nenhuma das medicações é utilizada de forma recorrentes no atendimento aos pacientes, e que seu uso é cabível apenas em casos de maior gravidade. Os médicos estariam cientes da aquisição das medicações, o que deslegitimaria a manifestação. De acordo com a assessoria, a ação isolada dos médicos teria sido uma indicação do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed).

Sindimed

João Augusto: pressão sobre os gestores

De acordo com o presidente do Sindimed, João Augusto Oliveira, seis médicos entraram em contato com o sindicato na manhã desta quinta-feira relatando a situação do setor de urgência no Hospital Nestor Piva. “Nossa indicação foi que esses médicos fizessem um levantamento sobre quais medicamentos estavam em falta no hospital e avaliar se essa falta seria prejudicial aos pacientes. Após esta avaliação, recomendamos ainda a feitura do boletim de ocorrência”, explica.

O médico acrescenta que não houve indicações por parte do Sindimed sobre a suspensão dos atendimentos. “Infelizmente, somos obrigados a orientar os médicos que se vêem nesse tipo de situação a registrarem boletins de ocorrência. É uma forma de salvaguardar os pacientes e a categoria, por que acaba por pressionar os gestores”, afirma.

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