Ambulâncias do Samu pararam por falta de combustível

Adilson denuncia falta de combustível (Fotos: Arquivo Portal Infonet)

Pelo menos 16 ambulâncias do Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão paradas por falta de combustível. A denúncia vem do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado de Sergipe, que, desde a segunda-feira, 25, está recebendo reclamações dos condutores.

De acordo com o presidente do sindicato, Adilson Ferreira, condutores de 13 ambulâncias do interior e de três da capital não estão conseguindo fazer o abastecimento nos postos autorizados. Muitos outros, segundo Adilson Ferreira, já receberam orientação para estacionar o veículo em suas respectivas bases assim que o nível de combustível chegar à reserva.

O sindicato avalia que a população que depende do atendimento está sofrendo muitos transtornos. “Com menos ambulâncias rodando a triagem é maior e muita gente está deixando de ser atendida”, adverte o sindicalista. “E aqueles que estão conseguindo o atendimento, não está tendo o tempo de resposta correta”, considera.

Agressões

FHS admite problema no abastecimento

O presidente do sindicato, Adilson Ferreira, faz um alerta à população para os problemas que as equipes enfrentam por força de reações agressivas de familiares de alguns usuários. Em Salgado, por exemplo, segundo o sindicalista, a unidade do Samu foi retirada de circulação na segunda-feira, 25, devido à tentativa de agressão que a equipe teria sofrido no momento em que prestava atendimento a um dependente químico.

O sindicalista Adilson Ferreira informou que, diante da tentativa de agressão, a equipe, depois de prestar o atendimento ao paciente, não retornou à base de Salgado, seguindo para a base de Lagarto onde permanece instalada. Ele acredita que a falta de ambulância do Samu no município prejudicou o atendimento ao adolescente Denilson Aurelino dos Santos, 13, esfaqueado depois que saiu do colégio, no final da tarde de ontem e foi a óbito no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).

Adilson Ferreira informa que o adolescente recebeu atendimento em uma ambulância comum, sem a presença de uma equipe técnica especializada. “Se tivesse uma ambulância de melhor porte, o atendimento seria outro e a chance de vida seria multiplicada”, comenta o sindicalista.

Em resposta ao Portal Infonet, a Fundação Hospitalar de Saúde explica que a falta de combustível é consequência de “uma discussão contratual entre a FHS e a empresa fornecedora dos combustíveis, a qual se resguardou em abastecer os veículos da frota”. Na nota, a FHS relata que o “problema já foi solucionado e o abastecimento já está sendo feito normalmente em todas as ambulâncias e que está tomando todas as providencias cabíveis, inclusive notificando a empresa por esta atitude arbitraria. Com relação ao acordo de isonomia salarial reivindicado pelos condutores do SAMU 192 , a Direção da Fundação Hospitalar de Saúde informa que o pagamento será efetuado normalmente conforme pactuado com a categoria”.

Por Cássia Santana

A matéria foi alterada às 17h41 para acréscimo de nota enviada pela FHS.

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