Centro de Oncologia: deficiência na oferta de medicamento (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
Voltou a faltar medicamentos no Centro de Oncologia Oswaldo Leite, que funciona em anexo ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), em Aracaju. Nas filas, os pacientes reclamam e garantem que há pessoas do interior do Estado que estão sem a medicação há cerca de dois meses.
A reportagem do Portal Infonet conversou com pacientes que aguardavam atendimento na manhã desta quinta-feira, 18, e constatou muita insatisfação. Mas a falta de medicação predomina entre as reclamações. A lavradora Elenita Francisca Santos, 57, paciente com câncer de mama, revelou que chegou nesta quinta e já foi informada sobre a falta de medicação. “Vou voltar na segunda-feira, tomara, meu Deus, que tenha remédio”, desabafa a paciente.
Ela revela que tem uma amiga, de nome Maria José, que, como ela reside em Boquim, e está no segundo mês sem tomar remédio devido à crise no setor de oncologia. “Vim hoje e ela me pediu para ver se o medicamento tinha chegado e a informação que eles me passaram é que ainda não chegou”, disse dona Elenita.
Dona Geni: retornando para Lagarto, sem remédio |
A trabalhadora rural Noélia Barbosa também veio do interior e já encerrou o ciclo do tratamento, mas está insatisfeita porque a medicação não foi encontrada. “Vim ontem [quarta-feira, 17] e eles disseram que não tinha e hoje eu voltei pra ver se tem a medicação, mas já recebi a informação que estamos sem medicação”, diz. “Antes não faltava, mas agora está faltando direto”, revela.
Dona Amazilde de Santana, 64, reclama do atendimento. “Medicamento mesmo não faltou ainda, não. Mas aqui não tem nem copo descartável pra gente tomar água”, diz, com insatisfação. Ela revelou que a Secretaria de Estado da Saúde disponibilizava lanche para pacientes que vêm do interior, mas o lanche foi suspenso.
A aposentada Geni Justiliano dos Santos, 71, tem câncer no esôfago e revelou que estaria na fila nesta quinta-feira para tomar a medicação. “Mas cheguei e não tem o remédio. Ela veio de Lagarto e já estava se preparando para retornar à cidade de origem, sem a medicação.
Elenita tem uma amiga que está sem remédio há dois meses |
Em nota encaminhada à redação do Portal Infonet, a diretoria da Fundação Hospital de Saúde (FHS) reconhece a crise, mas informa que as providências já foram adotadas para regularizar a oferta da medicação. “Com relação à falta do Durogesic (Fentanila), todo o processo de aquisição do produto já foi concretizado. O lote da versão de 25 mg do medicamento chegou hoje, 18, e a de 50mg, chegará na próxima semana, segundo informações dos fornecedores”, diz a nota. “Para garantir e manter a assistência, a depender do diagnóstico e tratamento determinado pelo médico, outras medicações podem substituir plenamente a Fentanila”, esclarece.
Por Cássia Santana
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