Morre mais uma vítima de meningite em Sergipe

Marco Aurélio esclarece doença (Foto: Arquivo Infonet)

Morreu na noite desta quinta-feira, 21, a criança de 5 anos, que estava internada há mais de dois meses em estado grave, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Após a morte da criança, que estava com meningite, o médico infectologista da Secretaria Estadual da Saúde, Marco Aurélio, falou sobre os tipos mais comuns da doença, orientou sobre formas de prevenção e informou que dois pacientes estão sendo tratados com suspeita da doença.

Ainda sobre a situação da criança, Marco Aurélio explica que a mesma deu entrada no hospital com quadro de sinusite, mas com o tempo, o quadro foi evoluindo e acabou sendo diagnosticado como meningite. “A criança em questão, que estava internada há quase dois meses no hospital, era do interior, e além da meningite teve um quando de encefalite grave, com rebaixamento do nível de consciência, ficando em unidade de cuidados intensivos”, explica.

Questionado sobre se há pacientes que estão sendo tratados no estado com o quadro de meningite, o infectologista afirma que os casos chegam todos os meses ao hospital. “Durante todos os meses do ano, temos pacientes internados com algum tipo de meningites. No momento temos dois pacientes internados no HUSE, mas com boa recuperação”, ressalta.

Marco Aurélio responde ainda, algumas perguntas e curiosidades sobre a doença. De acordo com ele, os agentes causadores das meningites entram no nosso organismo através da boca e vias respiratórias, e quando por algum motivo a nossa imunidade não é capaz de destruí-los, eles penetram e invadem as meninges (membranas que servem para proteger o cérebro e a medula espinhal), gerando a doença.

A maioria das meningites não é contagiosa, sendo considerada contagiosa aquela causada pelo MENINGOCOCO e pelo HEMÓFILOS. Esse contágio ocorre para aquelas pessoas que tiveram um contato íntimo de proximidade (familiares que moram na mesma residência, pessoas que dormem na mesma cama, profissionais de saúde que não se protegeram com uso de máscara durante o atendimento).

Todo caso notificado de meningite é avaliado pela equipe de Vigilância Epidemiológica para identificar se há risco de contágio, sendo para nesses casos o uso de antibióticos para os contatos. Desta forma não temos tidos casos secundários (isto é, casos que se contaminaram a partir de outro paciente).

Sintomas de meningite bacteriana

Marco Aurélio explica que os sintomas mais importantes são: dor de cabeça (geralmente de forte intensidade); febre alta; vômitos em jatos (vômitos que geralmente ocorre sem náuseas). Algumas formas de meningites (meningite meningocócica) podem apresentar manchas arroxeadas na pele. Outro sinal importante é a rigidez da nuca ( o pescoço fica duro, sendo difícil flexioná-lo).

Maiores vítimas

O infectologista esclarece que as meningites podem ocorrem em todas as faixas etárias, mas as crianças apresentam uma maior frequência tanto por não terem ainda um sistema de imunidade eficaz no combate das infecções, como também por terem maior possibilidade de contato próximo com outros infectados (em escolas, creches, praças, parques). Mas para diminuir esse risco nas crianças, já foram incorporadas vacinas para três importantes bactérias que causam meningites, a PNEUMOCÓCICA, para HEMÓFILOS e MENINCOCÓCICA.

Por Eliene Andrade com informações do infectologista Marco Aurélio

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