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Atualmente 78 pacientes estão na fila de espera (Foto: Portal Infonet) |
Mesmo após o pedido de demissão dos médicos oncológicos de cabeça e pescoço, os pacientes que necessitam realizar os procedimentos cirúrgicos não ficarão sem a devisa desassistência. Esse foi o comprometimento feito pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) mediante audiência realizada nesta sexta-feira, 23, no Ministério Público Estadual (MPE) realizada pelos promotores Euza Missano e Alex Maia.
Atualmente, cerca de 78 pacientes estão na fila de espera no aguardo da realização da cirurgia de cabeça e pescoço que ficou comprometido pelo pedido de demissão dos 5 dos 7 médicos existentes, após impasse na negociação salarial. Para não deixar que ocorra a desassistência a esses pacientes, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), onde a Fundação se comprometeu em 30 dias a regularizar o serviço, bem como realizar a contratação de um hospital privado para a realização das cirurgias.
Também será reaberto o ambulatório de triagem e de atendimento de cirurgia cabeça e pescoço do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) que estava fechado há 24 dias. Segundo a promotora Euza Missano, essa assistência será feita o mais rápido possível. “O MP deu prazo 30 dias para que a Fundação regularize a assistência, que contrate os médicos pra funcionar o serviço próprio, e nesse ínterim, faça a contratação de um hospital privado pra que não fique parada a assistência aos pacientes. Esses que são tumores malignos e que o paciente se aguardar morre ou tem o seu estado agravado”, afirma.
Recontratação
Quanto à recontratação dos cinco médicos que pediram demissão, o diretor operacional da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), Wagner Andrade, afirma que a Fundação tenta uma negociação salarial com os profissionais.
“A gente formalizou um ajuste no qual a gente se compromete ainda em tentar um entendimento financeiro entre as partes para que seja viável a Fundação e que agrade aos que deixarem o serviço. Ao mesmo tempo, numa obrigação também de não deixar a assistência dos pacientes oncológicos, estamos tentando uma possibilidade de contratar as cirurgias em ambientes privados”, garante Wagner.
Por Aisla Vasconcelos