Hospital deve informar escala médica de urgência mental

Audiência ocorreu no MPE (Foto: Portal Infonet)

O Hospital São José, que é a porta de entrada para pacientes com transtorno mental, deverá apresentar, em 30 dias, a escala médica de urgência mental para o mês de novembro, já com o preenchimento das vagas existentes, devendo a escala ser completa de forma a garantir a assistência aos pacientes.

A decisão foi tomada nesta sexta-feira, 27, durante audiência no Ministério Público Estadual (MPE). Durante audiência a representante do São José, Kedma Vasconcelos informou que a escola de urgência mental do hospital encontra-se com dois plantões em aberto, sendo segunda à tarde e terça de manhã, mas que o paciente não deixa de ser atendido em crise de urgência, pois o psiquiatra diarista passa a fazer a assistência.

Segundo coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial (REAPS) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Karina Ferreira Cunha, o São José já conta com a abertura de mais 14 novos leitos. “Já existe um fluxo aonde os atendimentos de urgência vão para o São José. Hoje, o hospital possui um fluxo médio de mil atendimentos/mês, onde já houve a ampliação do serviço com a abertura de mais 14 leitos e os problemas pontuais estão sendo solucionados”, diz.

Ao todo, são disponibilizados 14 leitos no São José, 16 no Hospital de Cirurgia, 80 na São Marcelo [sendo 10 pelo uso abusivo de álcool e droga], além dos três Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da rede municipal.

De acordo com a promotora Euza Missano, é preciso agora que a população faça a sua parte e fiscalize. “Essa audiência de hoje foi o resumo de tudo que foi construido ao longo de 2012 até agora. Hoje temos as portas abertas de urgência e emergência para pacientes em crise que ficam 72h na unidade, sendo que ainda há serviços prestados nos Caps que fazem a regulação do paciente que necessita de um tratamento com internamento. A gente observa que a rede está em pleno funcionamento e a gente espera agora a parceria da sociedade para que fiscalize”, pede Euza.

Por Aisla Vasconcelos