Prescrição é prática antiga do farmacêutico, diz CFF

Abertura do Congresso ocorreu nesta quinta-feira, 17 (Fotos: Portal Infonet)

A resolução de número 585 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que dispõe sobre a regulamentação da prescrição de remédios de venda livre por farmacêuticos está entre os diversos temas do III Congresso de Farmácia e Análises Clínicas que acontece até o dia 19, em Aracaju. O assunto também foi o centro da entrevista do Portal Infonet com o presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter da Silva Jorge João, que esclareceu que a medida pretende resgatar uma prática antiga do farmacêutico.

A resolução é válida para medicamentos vendidos no Brasil que não necessitam de prescrição médica, a exemplo dos analgésicos [medicamentos que aliviam a dor] e fitoterápicos [feitos à base de ervas medicinais]. Já os remédios cuja venda depende de prescrição médica – como psicotrópicos [que agem no Sistema Nervoso Central], antibióticos [que combatem o desenvolvimento de microorganismos] e demais medicamentos de tarja vermelha – não são afetados pela medida.

Presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter da Silva, explica que prescrição de remédios livres é prática antiga do farmacêutico

“Na realidade, essa questão da prescrição farmacêutica já existe. O que havia era a necessidade de regulamentar essa atividade clínica do farmacêutico. O fato de certos medicamentos não exigirem prescrição, não significa que eles não possam produzir riscos à saúde da população”, explica o presidente do CFF.

De acordo com Walter, dados do Ministério da Saúde apontam que nos últimos cinco anos, acontecerem mais de 60 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em virtude de intoxicações de origem medicamentosa. “O farmacêutico como profissional da saúde, tende ainda mais a cuidar do paciente e das pessoas quanto ao uso correto dos medicamentos. Ele também pode contribuir para proteger os cofres públicos, uma vez que evita as internações do SUS pelo uso indevido do medicamento”, destaca o presidente.

Na visão de Walter, a preocupação de alguns profissionais de medicina com a resolução é desnecessária.  “Não há porque questionar a prática de um profissional de saúde que muito tem contribuído, inclusive, com a própria profissão médica. Se o problema que o paciente apresentar fugir da compreensão dele, será obrigação do farmacêutico encaminhá-lo para o atendimento especializado”, afirma.

Evento

Realizado a cada dois anos, o evento reúne até o dia 19, participantes de diversos estados distribuídos entre farmacêuticos, acadêmicos e outros profissionais da área de saúde.

“O objetivo do evento é trazer atualização para o farmacêutico e proporcionar mais conhecimentos através da troca de experiências. Nossa gestão tem se dedicado à formação continuada para que o farmacêutico atenda melhor a população. Prezamos por atualizar os profissionais para que os pacientes saiam ganhando”, diz Vanilda Aguiar, presidente do congresso e da Sociedade Brasileira de Farmácia Comunitária.

Na abertura que ocorreu nesta quinta-feira, 17, o evento contou a realização de oito cursos. Até o dia 19, serão seis mesas redondas e 30 palestras que abordarão todas as áreas da farmácia, entre elas, análises clínicas, farmácia hospitalar, farmácia magistral e farmácia comunitária.

Para mais informações consulte o site www.cfac2013.com.br.

Por Verlane Estácio

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais