Sindicato diz que fato em hospital é absurdo e grave

Dois policiais permanecem na porta do hospital (Fotos: Portal Infonet)

Na tarde deste sábado, 19, a equipe do Portal Infonet esteve no Hospital Regional Franco Sobrinho, localizado no município de Nossa Senhora do Socorro e constatou que após o episódio onde uma médica foi ameaçada por um paciente, a segurança foi reforçada. Dois policiais militares permanecem na porta do hospital, enquanto dois seguranças de uma empresa privada, que não trabalham armados, fazem a segurança dentro da unidade.

A violência, já noticiada pelo Portal Infonet, foi registrada em Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia Plantonista pela própria médica que não teve o nome divulgado. De acordo com a vítima, após a recusa em fornecer um atestado de afastamento do trabalho um homem identificado como José Ferreira André Júnior, de 26 anos, agrediu a vítima verbalmente e tentou partir para uma lesão corporal. O fato só não foi concretizado porque um segurança conseguiu impedir a agressão. Após fugir da unidade, o agressor retornou portando uma arma de fogo e atirou contra a médica e o segurança.

Parte da porta de vidro do hospital foi quebrada

Ao tomar conhecimento do fato a diretora do O Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), Glória Tereza Lima Barreto Lopes, classificou o ato como sendo de extrema gravidade e um absurdo. Para a médica, os serviços hospitalares estão despreparados em situações de violência contra os profissionais.

“O que ocorreu é um absurdo. Um usuário vai a um serviço, recebe atendimento e simplesmente por não receber um atestado de afastamento do trabalho tenta matar um médico. Isso mostra a falta de segurança que estamos trabalhando. Antes de entrar no hospital armado, ele já tinha agredido a médica verbalmente, os seguranças intervêm e quando se pensa que estava tudo calmo, esse homem consegue entrar no hospital e por pouco não mata a médica”, relata a médica que aponta falhas na segurança.

“Por sorte a médica não foi atingida, mas não conseguimos entender como esse paciente entra no hospital armado. Os serviços estão despreparados para lidar com situações dessa violência. Esse homem tinha que ter sido impedido na portaria de entrar. O motivo também foi pequeno, mas de qualquer forma houve falha na segurança”, enfatiza a diretora do Sindimed.

Diretora do Sindimed diz que fato será acompanhado pelo sindicato

Glória Tereza diz ainda que o sindicato irá tomar as providencias cabíveis e que irá conversar com a direção do hospital e a médica.

“Não consegui conversar ainda com a colega, mas acredito que ela está muito abalada, porque foi uma violência muito grave. Nesses casos, geralmente os serviços perde até a profissional. O que acontece é que existe o trauma e o medo por parte do profissional em retornar para a unidade onde ele foi vítima de violência”, observa.

Violência

“Esse não é um fato isolado, infelizmente agressões menores e verbais têm ocorrido nas urgências que estão sempre superlotadas. Então um paciente acha que o seu caso é mais urgente e com a superlotação gera agressividade e o usuário acaba se voltando contra o profissional. O que esperamos é que os serviços sejam melhorados com mais médicos nos postos de saúde para que não haja a superlotação”, explica.

Hospital

Por meio da nota a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou que a superintendência do Hospital Regional Nossa Senhora do Socorro lamentou o fato e se solidarizou com toda a equipe do Hospital Regional Nossa Senhora do Socorro, ao tempo que informam todas as medidas e reforço na segurança já foram adotadas. Confira a nota na íntegra, já publicada pela Infonet.

Por Kátia Susanna

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