Entidades constatam deficiência no Hospital de Socorro

Grupo é recepcionado pelos diretores da unidade (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Promotores de justiça e representantes dos Conselhos Regionais de Medicina (CRM) e de Enfermagem (Coren) visitaram as instalações do Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro nesta sexta-feira, 8, e constataram deficiência na escala de plantão e escassez de insumos. E uma outra preocupação demonstrada pelos profissionais está relacionada à violência com registro de casos de ameaça e agressões físicas às equipes que trabalham naquela unidade de saúde.

A visita atende a um procedimento desencadeado pelo Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça de Nossa Senhora do Socorro, conforme explicou o promotor de justiça Nilzir Vieira, que acompanhou a visita técnica acompanhado do promotor de justiça Sandro Costa.

O grupo percorreu todas as dependências do hospital e, ao final, os promotores anunciaram que vão aguardar os relatórios que serão produzidos pelo CRM e pelo Coren para definir os próximos passos.

Promotor Nilzir, à direita, aguarda os relatórios

Há perspectiva, na ótica do promotor Nilzir Vieira, que as condições de funcionamento do Hospital sejam debatidas em audiência pública. Ao recepcionar a equipe que vistoriou a unidade, o diretor técnico do hospital, Marco Sarmento, admitiu as falhas nas escalas de plantão, mas observou que seria uma falta de médico temporária, deficiência que já estaria sendo corrigida por meio de contratações que a Fundação Hospitalar pretende fazer nos próximos dias.

No momento da visita, a escala de plantão estava deficiente, com apenas um médico clínico, que não seria suficiente para atender a demanda, segundo o promotor Nilzir Vieira. A Fundação Hospitalar de Saúde e a Superintendência do Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro se pronunciaram na tarde desta sexta-feira por meio de nota encaminhada à imprensa pela assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde.

Na nota, os gestores explicam que “no momento da visita, havia uma equipe médica composta por dois obstetras, um clínico, um anestesista, um pediatra e um neonatologista”.

Marco Sarmento fornece explicações sobre funcionamento da unidade

A falha na escala clínica, segundo a nota, deve-se ao pedido de demissão de quatro médicos sem aviso prévio.

Com relação aos insumos, os gestores informam “que não foi verificada nenhuma falta e que, na ocorrência de eventuais intercorrências, automaticamente, os itens são substituídos por correlatos”. Sobre a segurança, a nota esclarece que o número de vigilantes foi duplicado e que as rondas feitas pela Polícia Militar foram intensificadas.

“A Diretoria Operacional da FHS juntamente com a superintendência do hospital informam que os atendimentos estão sendo mantidos e destaca que a maioria (sic) são casos ambulatoriais, os quais sobrecarregam os profissionais que se destinam ao atendimento de urgência”.

Na nota, os gestores informam que estão aguardando os relatórios que serão emitidos pelas entidades para posterior manifestação.

Por Cássia Santana

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais