(Foto: Arquivo Portal Infonet) |
A procuradoria jurídica da Fundação Hospitalar de Saúde recorreu da atitude abusiva do Coren em interditar o Hospital de Socorro e conseguiu junto à justiça federal uma liminar para suspender o ato. Na manhã desta segunda-feira, o Coren foi notificado e a presidente do Conselho de Enfermagem esteve no Hospital de Socorro e desinterditou a unidade.
A unidade estava com interdição parcial desde sexta-feira pela manhã. Usuários que procuraram assistência no Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro ficaram insatisfeitos com a decisão do Coren.
A operadora de Telemarketing, Thaíse Patriota, afirma que sentiu tonturas e mal-estar na sexta à noite. No sábado pela manhã, procurou atendimento no Hospital Regional de Socorro. Após passar pelo setor de Acolhimento e Classificação de Risco, foi informada que não poderia ser atendida pela unidade.
“Por morar no conjunto Marcos Freire II, poucos metros do Hospital Regional, sempre que sentimos a necessidade, eu e meus familiares procuramos a unidade. Sempre fomos muito bem atendidos pelos profissionais que são de qualidade. Hoje, saio daqui triste, já que não pude ser atendida. Os profissionais me aconselharam a procurar o Hospital de Urgências de Sergipe ”, conta Thaíse, insatisfeita.
Outro usuário do SUS, que procurou o Hospital Regional de Socorro, durante o fim de semana e saiu descontente foi o auxiliar administrativo, Gerivaldo dos Santos. Ele afirma que a filha, Susan Grazieli, apresentava um quadro de vômito e febre.
“Isso é um absurdo! Um Hospital tão resolutivo para todos os tipos de caso ficar restrito apenas aos casos de grandes urgências. Agora, terei que procurar atendimento para minha filha em outra unidade de saúde. Enquanto isso, ela sofre com a febre, com as dores de cabeça, além do vômito. Vejo como única saída procurar atendimento no Hospital de Urgências de Sergipe”.
De acordo com a médica plantonista da unidade, Moema Canuto, o Hosptial Regional de Socorro ficou limitado apenas a atender os casos considerados de emergência.
“Aqui no Hospital Regional de Socorro adotamos o sistema de Acolhimento e Classificação de Risco, que é um mecanismo utilizado pelo Ministério da Saúde (MS) para classificar a urgência do atendimento. Por determinação do Conselho Regional de Enfermagem, a unidade só pode atender os pacientes com classificação vermelha, ou seja, com prioridade máxima na escala de urgência e que necessita de atendimento imediato”.
A superintendente do Hospital Regional de Socorro, Genisete Pereira, fala sobre as medidas adotadas pela direção da unidade, juntamente com a Secretaria de Estado da Saúde através da Fundação Hospitalar de Saúde, para evitar desassistência aos usuários que procuraram atendimento.
“Em virtude da interdição do Conselho Regional de Enfermagem no Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro, todos os pacientes que procuraram assistência foram acolhidos e classificados o risco pelo profissional enfermeiro. Sendo que os que não apresentaram características clínicas para atendimentos de emergência (risco vermelho) foram para outras unidades de saúde. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu Sergipe) e o Serviço de Remoção Inter-Hospitalar Assistida (SRIHA) reforçaram o suporte nesse período", explica a superintendente, Genisete Pereira.
A interdição em Socorro sobrecarregou o Huse. “Quando você fecha uma unidade ou limita o atendimento, consequentemente, a procura migra para outra unidade. Nesse caso, a unidade hospitalar mais próxima é o Huse e nós sentimos esse aumento substancial em relação ao fim de semana anterior”, disse Augusto César Esmeraldo, superintendente em exercício do Huse.
Com relação à segurança no hospital de Nossa Senhora do Socorro, o diretor operacional, Wagner Andrade, esclarece que a Fundação Hospitalar de Saúde tem contrato com empresa de segurança, tendo diuturnamente, dois seguranças naquela unidade e que foi firmado um acordo com a SSP que proporcionou rondas periódicas e patrulhamento na unidade hospitalar, além de contato direto com a Guarda Municipal. Juntas, essas medidas surtiram efeito em função de não ter sido registrado nenhum incidente depois de adotadas.
Fonte: Ascom FHS
Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B