ACS e ACE realizam manifestação e caminhada (Fotos: Portal Infonet) |
Concentrados na Praça Olímpio Campos, Centro de Aracaju, cerca de 800 agentes comunitários de saúde (ACS) e de combate as endemias (ACE) realizam, nesta terça-feira, 14, uma manifestação que antecede uma caminhada por diversas ruas da capital. Os profissionais reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial, conforme o estabelecido na Portaria 260/13, do Ministério da Saúde (MS). A ação marca o primeiro dia de paralisação das categorias.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias do Município de Aracaju (Sacema), Roberto Messias da Silva, a portaria que determina o incentivo financeiro no valor de R$ 950, garantido a cada agente de saúde, não está sendo cumprida, ao contrário do que acontece em outros municípios brasileiros.
Roberto Messias é presidente do Sacema |
“No que diz respeito aos agentes de endemias, existem várias portarias que garantem o repasse de recursos, a exemplo do montante de mais de R$ 1 milhão destinados ao trabalho de combate à dengue em Aracaju. Tal repasse serviria até como incentivo à produtividade dos profissionais, sem falar nas condições de trabalho que não são favoráveis”, detalhou o presidente do Sacema.
Sobrecarga
Segundo Messias, o último concurso público oferecido pela Prefeitura de Aracaju para os cargos de ACS e ACE aconteceu em 2008, o que aponta para a sobrecarga de trabalho desses profissionais.
“Além disso, faltam pilhas para balanças usadas na pesagem de crianças, cartões de vacinas, canetas, boletins, entre outros materiais”, alega, destacando que na última reunião realizada entre a categoria e secretários municipais de Governo, da Saúde e da Administração, foram informados que havia uma proposta para as categorias, mas as mesmas ainda não haviam sido analisadas pelo prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), portanto, não podiam ser divulgadas.
Descontentamento
Categorias ainda realizaram caminhada pelas ruas do Centro de Aracaju |
A agente de saúde Rita de Cássia da Silva alega que recursos financeiros são enviados pelo MS, mas a Prefeitura de Aracaju não os repassa. “Entre outros adicionais que não dispomos, está o referente ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ, que prevê a promoção da melhoria do acesso e da qualidade da atenção à saúde. O fardamento a ser utilizado pelas categorias também é aguardado”, denunciou a ACS.
Roberto ainda garante que até que os gestores municipais se manifestem e entrem em acordo satisfatório para as categorias, a greve permanecerá em vigor.
SMS
Ao entrar em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a equipe do Portal Infonet foi informada que a pasta não responderia pela questão apontada, e sim a Secretaria Municipal de Governo (Segov). Entramos em contato com a Segov, mas não obteve êxito. O Portal permanece a disposição por meio do (79) 2106 8000 ou do jornalismo@infonet.com.br.
Por Nubia Santana
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