Sérgio Monte Alegre: "Nenhum diretor é exonerado" (Fotos: Portal Infonet) |
O procurador do Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, Sérgio Monte Alegre, se mostrou indignado na sessão do Pleno desta quinta-feira, 20, quanto ao escândalo dos remédios vencidos nos depósitos da Central de Logística da Fundação Hospitalar de Saúde. Ele chegou a propor a exoneração dos gestores da Fundação, da Secretaria de Estado da Saúde e do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).
“Fiquei indignado ao assistir à matéria da TV Sergipe na noite de ontem,19, sobre os remédios vencidos. Estou certo de que está havendo uma exibição de absoluto desprezo da Saúde aos órgãos de Controle Externo. As imagens foram chocantes. Há dois meses o Estado garantiu que o problema seria resolvido e novamente assistimos a mesma situação: remédios com prazo de validade vencida, misturados com medicamentos com prazo ainda em curso”, lamenta.
Medicamentos vencidos amontoados |
Sérgio Monte Alegre destacou ainda que essa situação não acontece em grandes hospitais da rede pública em outros estados.
“Por que isso não acontece na rede Sara Kubitschek, que é pública? A promotora Euza Missano acabou de falar no rádio, foi manchete do Jornal da Cidade, toda a imprensa destacou e nenhum diretor é exonerado, nenhum gestor é trocado na Fundação Hospitalar de Saúde, na Secretaria e no Huse. Nós já deveríamos ter designado ao governador, que faça uma intervenção na Secretaria de Saúde”, complementa lembrando que a população não pode continuar sendo penalizada.
Durante a interdição por parte da Vigilância Sanitária Municipal na Central de Logística da Fundação Hospitalar de Saúde nesta quarta-feira, 19, a promotora Euza Missano, informou que foi constatado o armazenamento de medicamentos vencidos e de uso contínuo. “Alguns são medicamentos oncológicos e se está vencido, é porque não há controle. Precisamos saber qual a origem desses medicamentos, pois não é para ter descarte”, ressalta.
Por meio de nota da Fundação Hospitalar de Saúde, o coordenador da Vigilância Sanitária Estadual, Antônio Pádua destacou que “toda Central de Logística prevê esse tipo de espaço, criado exatamente para a guarda de medicamentos vencidos. A Vigilância Sanitária Estadual orienta que as unidades hospitalares podem dispensar os medicamentos até o prazo da validade. A partir dessa data de vencimento, eles devem ser recolhidos e levados para o espaço específico, já previsto na estrutura da Central de Logística (Celog), onde serão catalogados para incineração”.
Por Aldaci de Souza
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