Sinhazinha distribuiu dez senhas para vacina (Fotos: Portal Infonet) |
Pacientes que procuraram as unidades de saúde do município na manhã desta sexta-feira, 7, encontram dificuldade para receber atendimento. As vacinas foram as mais procuradas, mas os usuários não receberam as aplicações devido à greve dos enfermeiros, que já passa dos 30 dias. A categoria pede reajuste salarial e melhorias condições de trabalho.
Na unidade de Saúde Sinhazinha, os usuários não conseguiram atendimento. As vacinas foram aplicadas nos dez primeiros pacientes que chegaram à Unidade. Naira Bomfim já guardava mais de 40 minutos para ser atendida. Ela foi mordida por um gato e precisava da vacina antirrábica. “Eu cheguei e fiquei aguardando. A informação que me deram é de que apenas dez senhas foram distribuídas para os pacientes. Estou comedo de não conseguir a vacina contra raiva. Fui mordida ontem e desde ontem percorro os postos de saúde, mas sem sucesso”, relata.
Com bebês no colo, várias mães reclamavam da falta de profissional para aplicar as vacinas. A dona de casa, Daiane Chile, também reclamou da falta de enfermeiros. “Já percorri outras unidade e sem sucesso. Minha filha de 4 meses precisa tomar as vacinas contra a poliomielite e rotavírus, mas fomos informados que não tem enfermeiros para aplicar”, lamenta.
Naira Bomfim buscava a vacina antirrábica, mas sem sucesso |
Medicação
A falta de medicação é também uma das queixas dos usuários. A paciente Maria Marli Ferreira Silva, de 45 anos, que sofre de depressão, disse ter percorrido algumas unidades em busca da sua medicação. Segundo Marlí, a Sertralina de 50g custa cerca de R$ 80,00. “Eu não posso comprar essa medicação, pois é muito cara. Já percorri as unidades para tentar pegar uma caixa, mas a informação é de que está em falta”, conta.
Sem acordo
De acordo com a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe, Flávia Brasileiro, a pauta de reivindicações tem sido discutida e entregue à prefeitura de Aracaju, mas sem avanços. Ainda segundo ela, a secretária Municipal de Saúde (SMS), Leane de Carvalho, teria informado que não tem poder para atender às reivindicações. “Nenhuma proposta foi apresentada até o momento. A secretária já informou que não pode negociar conosco. Enquanto isso, os profissionais continuam em greve e à espera da abertura de diálogo”, diz.
Usuária reclama da falta de medicação |
Segundo a sindicalista a Prefeitura não sinalizou nenhum tipo de negociação até o momento. “Houve uma reunião com a secretária, que deixou claro que não tinha poder de negociação. Então os servidores fizeram uma reunião com a mesa de negociação, onde houve a fala de se dá uma resposta, mas até agora nada. Vamos continuar em greve porque o prefeito não está dando a devida atenção ao movimento não só dos enfermeiros, mas de todas as categorias que estão paralisadas”, expõe.
SMS
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou através da sua assessoria, que a secretárias irá intermediar os pleitos da categoria, através de diálogos entre com o Prefeito João Alves Filho.
Sobre a falta de medicação, a assessoria de comunicação explica que houve problemas com os processos licitatórios e alguns fornecedores que se comprometeram em entregar as medicações, desistiram da licitação. Ainda segundo a assessoria uma compra emergencial de novos itens já foi feita para repor a falta.
Por Eliene Andrade
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