MP irá ajuizar nova ação contra atendimento do Case (Fotos: Portal Infonet) |
A promotora do Ministério Público Estadual Euza Missano, irá ajuizar uma nova ação civil pública contra o Centro de Atenção Integral à Saúde (Case). A medida foi tomada após visita as instalações da unidade na manhã desta quinta-feira, 27, onde foi constatada a precariedade no atendimento a população.
A situação é muito grave, desde 2013 o MP já tinha ajuizado uma ação civil pública para garantir assistência farmacêutica a todas as pessoas que necessitam. "Desde que houve a mudança de local da unidade, a população reclama e o MP já instaurou procedimento administrativo. Vamos ajuizar uma ação civil pública para garantir dignidade a essas pessoas que precisam do atendimento", disse a promotora.
Durante a visita a unidade Euza Missano classificou como “desumano” todo o atendimento prestado no Case. “O atendimento que vem sendo prestado aqui é desumano, aonde pessoas idosas, que chegam 5h da manhã, aguardam em fila de espera, em pé. A situação injusta”, acrescenta.
Medida foi tomada durante visita a instalações da unidade |
Case
Em entrevista ao Portal Infonet, a coordenadora do Case, Jane Curbani, informou que novos serviços serão promovidos nos próximos dias no Case para garantir um melhor atendimento aos pacientes.
“Estaremos instalando agora no mês de abril dois ar condicionados para melhor atender a população, além de cortina, telões para facilitar o atendimento, bem como dividir os serviços de redirecionamento de senhas distribuídas”, disse.
Demora no atendimento
Desde as 5h30 desta quinta-feira, a dona de casa Olívia de Oliveira, 45 anos, aguardava atendimento na unidade. Ela veio de Areia Branca, município do Agreste sergipano, e conseguiu pegar a senha de número 126. “É horrível. Toda vez que venho aqui é um problema. Venho de manhã e só saiu daqui de tarde. Hoje mesmo quando cheguei aqui à fila estava lá em cima”, relata.
Euza classificou como "desumano"o atendimento prestado a população
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A aposentada Maria Júlia Jesus, 64 anos, é outra paciente que ficou revoltada com a demora no atendimento. Ela chegou às 8h na unidade e pegou a senha de número 426. “Estou cansada e revoltada. Cheguei cedo e não saí do mesmo lugar. Sofro de diabetes e coração, não posso está nesta situação”, disse.
A assessoria de comunicadção da SES, informa que a questão da alta procura, vários fatores contribuem para isso. O serviço funciona desde setembro do ano passado em um local de fácil acesso, na entrada da cidade, próximo ao Terminal Rodoviário, ao Huse, ao Hemose e a serviços como TFD, Cadi e Caism. A procura pelo Case aumenta a cada mês. Somente de setembro de 2013, quando houve a mudança de endereço, até dezembro de 2013, mais de 3 mil novos usuários foram cadastrados.
Este número crescente também revela que precisamos dar foco para as ações preventivas evitando, assim, o número de pessoas com doenças crônicas e que fazem uso de medicação contínua. Além disso, muitos usuários vão buscar fora do dia agendado, o que gera um aumento na demanda fora do programado.
Outro fator que precisa ser esclarecido é quanto ao planejamento do local. O espaço físico atual do Case é três vezes maior que a unidade anterior, além de ser mais bem sinalizado e refrigerado, tendo sido projetado para atender o número de usuários regulados pela portaria do MS.
Por Leonardo Dias e Kátia Susanna
Matéria alterada às 17h11 para acréscimo de informações da SES
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