Homem invade base do Samu e ameaça funcionários

Vidraça atingida (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Um homem invadiu a Central de Regulação Médica de Urgências do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no bairro Siqueira Campos, e quebrou a vidraça de uma sala na parte interna, além de ameaçar e agredir verbalmente funcionários. O episódio foi registrado na manhã desta sexta-feira, 9, logo após um acidente de trânsito ocorrido no bairro Siqueira Campos envolvendo um carro de passeio e uma motocicleta.

De acordo com informações dos servidores, o rapaz foi identificado como filho do condutor do carro de passeio, que demonstrava insatisfação com a morosidade na prestação do atendimento. “Ele chegou muito agressivo querendo saber qual o médico atendeu a ligação, reclamando que a equipe ainda não tinha chegado”, informou Márcia Lira, técnica de enfermagem socorrista.

O rapaz chegou à Central de Regulação no momento em que acontecia a troca de plantão e aproveitou que o vigilante abriu o portão para uma funcionária para ter acesso às instalações. “Eu ainda tentei impedir, perguntando o que ele queria, o acompanhei, mas não quis arriscar porque estava desarmado e não sabia o que ele portava”, conta o vigilante Clevérton da Luz, que estava de plantão no momento da ocorrência.

Central de Regulação: sem segurança

O presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância de Saúde (Sindconam), Adilson Ferreira Melo, atribui a reação do agressor aos efeitos da greve dos servidores do Samu, que está entrando no 44º dia. “O Estado precisa sentar com os servidores e resolver esta questão”, cobrou, fazendo referência à pauta de reivindicação dos servidores centrada na reposição das perdas salariais.

Sem segurança

A técnica Márcia Lira observa que a falta de segurança é decorrente do descaso da Fundação Hospitalar de Sergipe (FHS). “Antes havia a Guarda Municipal, mas agora foi retirada e não há segurança porque a Fundação não solicitou”, enfatizou. A assessoria da Guarda Municipal de Aracaju informou que o órgão deixou de ter a atribuição de oferecer o serviço de segurança depois que a estrutura do Samu foi repassada para o Estado e esclarece que a atribuição da GM está restrita à segurança do patrimônio municipal.

Márcia Lira: tristeza e revolta

O tenente-coronel Paulo César Paiva, chefe da 5ª Seção da Polícia Militar – responsável pela comunicação social da corporação, informou que a PM também não tem a atribuição de fazer segurança de órgãos públicos. “A Polícia Militar tem a atribuição de fazer o policiamento ostensivo e preservação da ordem pública”, explicou. Para o tenente-coronel Paiva, as agressões praticadas pelos cidadãos contra as equipes e o patrimônio do Samu é consequência da greve. “É um efeito colateral do movimento paredista que eles estão fazendo, mas não é uma situação corriqueira normal”, observa o tenente-coronel.

O Portal Infonet procurou a Fundação Hospitalar de Sergipe (FHS), mas a assessoria de imprensa informou que a coordenação do Samu se pronunciará posteriormente a respeito da questão. A assessoria antecipou que o homem já foi identificado e que as providências já foram tomadas, mas a identidade do agressor está sendo preservada.

Por Cássia Santana

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