Empresa diz ser inverídica afirmação da Fundação

Terceirizados estão paralisados (Foto: Arquivo Infonet)

A empresa M. DE S. HARB, fornecedora de alimentação preparada no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) e na maternidade Nossa Senhora de Lourdes encaminhou uma nota ao Portal Infonet repudiando a afirmativa da Diretoria da Fundação Hospitalar de Saúde, – que disse que a Fundação estava em dias com a empresa M. DE S. HARB e que iria responsabilizá-la pelo não cumprimento do contrato em questão.

A nota foi encaminhada após uma manifestação realizada pelos funcionários terceirizados  que mantiveram a paralisação pelo segundo dia consecutivo. Os trabalhadores denunciam que estão com o salário do mês de julho atrasado, além das horas extras trabalhadas durante os feriados.

Segue nota na íntegra:

“Na verdade a FHS acumula uma dívida com a empresa na ordem de R$ 4,7 milhões, gerando problema no equilíbrio econômico-financeiro do contrato, e em consequência disto, atraso no pagamento de salários e de fornecedores. Por diversas vezes a empresa tentou se reunir com a Diretoria da FHS no sentido de resolver os problemas e evitar, inclusive, que houvesse paralisação dos colaboradores, pois já havia indicação que a greve ocorreria por parte do Sindicato.

A Diretoria da M. DE S. HARB afirma que a FHS, estava efetuando pagamentos parciais e insuficientes, pois nunca cobriam o valor dos serviços cobrados nas notas fiscais, além do atraso dos mesmos. Aproveita o ensejo também para comprovar que alertou por meio de carta à FHS sobre a possibilidade de greve, além de ter tentado viabilizar o pleito dos colaboradores em reunião com o Sindicato na SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego), pois ao receber um ofício do sindicato solicitando uma mediação na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), diante da ausência da resposta da FHS, atrasos de pagamento e constante pressão dos trabalhadores, solicitou a rescisão do contrato com o prazo de 21 dias e a FHS aceitou a rescisão, mas com o prazo de 45 dias, tempo que julga necessário para concluir um certame licitatório para a contratação de uma nova empresa. Com a rescisão em mãos, a M. DE S. HARB compareceu na SRTE e novamente cedeu  alguns pleitos dos trabalhadores, mesmo não tendo respaldo orçamentário e financeiro para tal, pois além do atraso no pagamento das faturas não havia orçamento para “novas despesas”, segundo a Diretoria da FHS.

Diante do resultado da mediação, tentou  novamente marcar com a FHS novas reuniões para atender  os pleitos dos trabalhadores e não obteve  respostas. No dia da 2a. Mediação,  o Diretor da M. DE S. HARB, foi  pessoalmente  à  FHS e mesmo encontrando o seu Diretor Geral no elevador, foi direcionado  para conversar com o Diretor Administrativo-Financeiro, que novamente não lhe deu nenhuma resposta.  Não havendo proposta respaldada pela FHS para negociar com o Sindicato, foi de “mãos vazias” para a mediação e os trabalhadores ficaram extremamente chateados e naquele momento já sinalizaram com a greve.

A Diretoria da M. DE S. HARB encaminhou  para a FHS uma carta com a ata de audiência na SRTE onde expôs que com o passivo da FHS  de R$ 4,7 milhões de reais, estaria  impossibilitada de manter o fornecimento dos Hospitais e de  quitar os salários dos colaboradores.  Então, sem ocorrer o pagamento por parte da FHS e sem resposta, a empresa encaminhou uma nova carta à Diretoria da FHS.

Diante de todos estes fatos relatados e comprovados, pode-se facilmente inferir que a falta de pagamento e de comprometimento da FHS, gerou o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato, o atraso no pagamento de salários e o não atendimento dos pleitos dos funcionários de forma imediata, em virtude da falta de respaldo financeiro, o que culminou com a greve que ora se apresenta.

A empresa está em contato com o Sindicato e está aberta a tomar todas as medidas cabíveis no sentido de resolver o problema, mas precisa da colaboração da FHS que é co-responsável  pelos funcionários e por tudo que está acontecendo”.

Fonte: Empresa M. DE S. HARB