Pacientes cobram do Estado tratamento oncológico na BA

Audiência ocorreu nesta quinta-feira (Fotos: Portal Infonet)

Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) pedem agilidade no processo de encaminhamento para tratamento de câncer em Salvador. Eles estiveram em audiência no Ministério Público Estadual (MPE) nesta quinta-feira, 25, e relataram que precisam realizar radioterapia 3D na capital baiana, conforme foi ofertado pelo estado.

De acordo com uma das pacientes que procura tratamento oncológico na Bahia, Caetana Maria de Sá Santos, a fila para a radioterapia em Sergipe é muito grande, por isso foi ofertada a alternativa de cuidar do câncer em Salvador. “Disseram que o Estado não tinha verba, e isso é um absurdo, por isso procuramos o MPE”, desabafa.

Maria Josina da Silva conta que a fila do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) contava com 120 pessoas, e que desde maio ela aguarda pela viagem.  “Se a gente tem direito, temos que correr atrás e lutar para conseguir viver mais”, relata. Ana Maria de Jesus também sofre com câncer de mama e conta que vivia angustiada sem resolver a situação do tratamento radioterápico. “A radioterapia serve para matar totalmente as células para que elas não voltem mais”, informa.

D. Caetana Maria aguarda solução do problema

Promotor explica sobre novo contrato

Héli Farias informa que não falta verba

MPE

De acordo com o promotor Fábio Viegas, a informação do estado é que houve um contrato de emergência que já venceu, e que um novo está tentando ser firmado com prazo máximo de um ano. “Com isso as pessoas vão ter opção de viajar para Salvador para que a fila seja diminuída”, complementa.

O promotor conta que no passado houve deficiência na prestação do serviço, mas que a situação está tentando ser contornada. “Os resultados de quem viajou foram altamente positivos, segundo informações que recebi”, finaliza. Com o acordo firmado em audiência, o estado tem até 30 dias para solucionar problema e para que os pacientes sejam submetidos a tratamento em Salvador.

SES

O diretor de gestão de sistemas da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Hélio Farias, informa que não houve desassistência para os pacientes que aceitaram ir para Salvador, e que um novo contrato está sendo finalizado. “A obrigação do estado é atender a demanda dos usuários do SUS. Temos apenas uma máquina de radioterapia 3D e a fila está grande. Para dar celeridade ao tratamento, firmamos um contrato com prestadoras fora do estado”, explica. Com relação a verba, o diretor conta que o estado possui o dinheiro e que nenhum paciente fica sem assistência financeira.

Por Monique Garcez 

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