Qualidade de água mineral é discutida em audiência no MP

MPRE, Vigilância sanitária municipal e empresas discutiram sobre o assunto (Fotos: Portal Infonet)

O Ministério Público Estadual (MPE), através da promotoria dos direitos de defesa do consumidor, realizou audiência na manhã desta terça-feira, 4, para discutir sobre a qualidade da água mineral comercializada em Aracaju. Empresas do ramo e o representante da vigilância sanitária do município reuniram-se com a promotora Euza Missano e destacaram questões como a venda irregular da água, assim como a afixação da validade dos vasilhames e ainda a questão sobre a repasse de produtos para revendedores que possuam licença sanitária.

A promotora Euza destacou que a saúde do consumidor deve ser assegurada, e para isso é necessária a ajuda e cooperação dos órgãos de vigilância estadual e municipal, no sentido de informar dados das amostras de águas coletadas nas empresas e de comparar o cadastro das distribuidoras aos que deverão ser informados pelas fabricantes da água mineral.

Euza ressalta que saúde do consumidor deve ser assegurada

Segundo representante da empresa Imperial e presidente da Associação Sergipana da Indústria de Água Mineral, Rodrigo Lima,a preocupação é que a água chegue com qualidade até a casa do consumidor.

"A gente pode atestar a qualidade até a porta da fábrica, mas depois disso pode ocorrer contaminação devido ao transporte do produto ou ao péssimo acondicionamento", comenta Rodrigo. Ele ainda acrescenta que a água tanto pode absorver cheiro, como pode mudar o gosto e, caso seja exposta ao sol, ter suas características físicas e químicas modificadas.

Para não comprar e consumir produtos danificados, o presidente da associação e a promotora Euza fazem um alerta e comentam que o consumidor deve ficar atento e procurar saber onde a água está sendo armazenada e como ela é transportada.

Venda clandestina

Rodrigo fala sobre preocupação sobre qualidade

A vigilância sanitária do município conta, através do gerente Geraldo Santana, que as equipes do órgão sempre fiscalizam os pontos de venda, porém não tem como visitar os pontos clandestinos, a não ser que sejam denunciados pela população. Ele afirma que os consumidores devem ficar atentos e sempre procurar saber onde e como a água está sendo armazenada, pois caso não apresente as condições necessárias, o local deve ser denunciado. "O consumidor tem que fazer a sua parte", resume.

Por Monique Garcez

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