Secretário diz que maternidade de Aracaju é caótica

Secretário fala sobre a Saúde em Sergipe (Fotos: Portal Infonet)

“A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes é a única em que tem na sua essência, o caos instalado”. A afirmação foi feita na manhã desta segunda-feira, 11, pelo secretário de Estado da Saúde, José Sobral no auditório da Procuradoria Geral do Estado, quando participava da III Edição do Projeto PGE Integre-se.

De acordo com o secretário, a rede materna está precisando ser melhorada no Estado de Sergipe. “A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes é porta aberta. A Santa e Isabel e as outras maternidades fecham as portas e a Nossa Senhora de Lourdes é igual ao Huse, ninguém fica desassistido, mas é lógico que em determinado momento, quando as outras unidades e o Santa Isabel fecham as portas, a Lourdes superlota. É o caos”, ressalta.

Evento também contou com a participação da deputada estadual Sílvia Fontes

Zezinho Sobral enfatizou que a Nossa Senhora de Lourdes tem na sua essência, o caos instalado. “E não é o caos no sentido de bagunça, ela precisa ser caótica porque não existe outro lugar para se apelar. Eu tenho lá 40 leitos de UTin, chegou dia desses, uma adolescente de 14 anos, que usa drogas, grávida,  hipertensa, não tem outro lugar para ficar.  Se deixar em outras maternidades, podemos perder a paciente e o bebê. Ali é o ambiente preparado, mas em determinados momentos o caos se instala”, destaca.

“Funerais”

O secretário da Saúde afirmou ainda durante palestra sobre “Políticas Públicas na Saúde do Estado de Sergipe”, que o atendimento aos pacientes vítimas de queda de motocicletas, principalmente as shynerais tem aumentado nos últimos dias.

Rodrigo Vasco reclama da falta de medicamentos no Huse

“Hoje, segunda-feira, estamos na Ala Vermelha do Huse, 16 leitos e 18 pacientes. Na Ala Verde Trauma, tínhamos na sexta-feira, 44 leitos e 40 pacientes e hoje temos 100 pacientes. Todo final de semana, entram em média, 80 novos pacientes, a maioria jovem, com lesões graves ou gravíssimas. Efeito motocicleta. Nas últimas semanas, as ‘funerais’ estão liquidando com o nosso trabalho no Huse. Um paciente dessa demora. Temos de 700 e 800 cirurgias ortopédicas, tínhamos zerado ano passado e agora não sei o que aconteceu que chegou a essas proporções”, lamenta.

Medicamentos

No evento, o representante da Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE), Rodrigo Pereira Vasco lamentou a falta de medicamentos na Farmácia Central do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).

“Toda vez que a OAB vai visitar a farmácia do Huse, só encontra as prateleiras vazias. Não existe um controle de distribuição regular dos medicamentos. É uma coisa solta. Na Ala Azul os refrigeradores não dão conta, os aparelhos estão todos quebrados e a situação vem se transformando em uma bola de neve”, lamenta.

Em resposta, o secretário contou que recentemente denunciaram a falta de medicamentos aos Minietério Público Estadual e quando a fiscalização chegou encontrou quase todos. “Dos 25 remédios denunciados como em falta, encontraram 23, assim mesmo porque um deles mudou o fabricante. Mas é bom lembrar o incêndio registrado recentemente no almoxarifado e a demora na entrega por parte dos laboratórios”, diz.

O evento foi realizado em parceria com a Associação dos Procuradores do Estado de Sergipe (Apese).

Por Aldaci de Souza

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