Cavalos enterrados podem contaminar rio Cotinguiba

21 animais foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros (Fotos: Corpo de Bombeiros)

A vala onde foram enterrados os 21 cavalos mortos durante a queda da ponte das adutoras na BR 101, pode contaminar o lençol freático e consequentemente o Rio Cotinguiba, segundo informações do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Sergipe (CRMV-SE).

O resgate dos animais foi feito pelo Corpo de Bombeiros no domingo, 10. A informação do Major Hector Silva, que coordenou a operação, é de que a equipe resgatou e posicionou os corpos na beira do rio. A operação de enterro dos corpos, segundo o oficial dos Bombeiros, foi feita por uma empresa que estava com maquinário no local e Defesa Civil Estadual. O vala, de acordo com o Major Hector, fica a 100m do rio e tem profundidade de 10m.

Operação foi realizada no domingo, 10

O problema é que a distância mínima segura, segundo a presidente do CRMV-SE, Jeane Souza, é de 200m.  “Esses animais devem ser enterrados longe de qualquer veio d’água para que não haja a contaminação do lençol freático. Tem que ser a 200m da margem para que seja com segurança”, detalha.

Ainda de acordo com a veterinária, o descarte incorreto dos corpos desses animais pode trazer prejuízos à saúde das pessoas e dos animais, pois o estado de putrefação da carcaça permite a proliferação de diversas bactérias. “Um corpo em estado de putrefação é extremamente contaminado, pois é capaz de produzir inúmeras bactérias causadoras das mais diversas doenças”, diz a médica veterinária ao relatar os perigos do contato e ingestão dessa água.

Animais foram colocados em valas nas proximidades do rio

A presidente do CRMV/SE disse que não foi procurada por nenhum dos órgãos envolvidos para dar orientações relacionadas ao resgate dos animais. “Não fomos procurados por nenhum órgão. Desde sábado, tudo que sabemos é através da imprensa”, conta.

Corpos

Jeane Souza explica ainda que o tempo de permanência dos animais mortos no rio não permitiu que ele virasse fonte de doenças. O tempo de exposição desses animais é que pode fazer com que ele dissemine doenças. “Pelo que sei foram apenas 24 horas, então, neste caso, o risco foi bastante reduzido”, detalha.

Em casos de sacrifício, conforme a veterinária, é indispensável a presença de um médico veterinário. “O sacrifício deve ser feito de forma adequada. Só pode ser feito com um veterinário e o enterro tem que ser feito imediatamente em local adequado”, finaliza.

Laranjeiras

O secretário de Infraestrutura de Laranjeiras, Júlio Franca, afirmou a reportagem do Portal Infonet que o CRMV/SE não recebeu nenhum apoio a operação e que se o órgão tivesse feito algum contato, o município teria seguido as orientações. "Não recebemos nenhuma notificação. Se eles tivessem se pronunciado antes, a gente iria aprovar a parceria. Agora, eles tem que falar com a gente para que seja observado se há condições de fazer a retirada e de haver um consenso", destaca.

Por Verlane Estácio

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