Socorristas do Samu sofrem atentado durante atendimento

Dois homens em uma moto atiraram contra uma viatura do Samu (Foto: arquivo Portal Infonet)

Os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão cada vez mais assustados com os casos de violência envolvendo as equipes. Na noite da última quarta-feira, 14, uma Unidade de Suporte Básico (USB) foi alvejada a tiros e por pouco, socorristas e pacientes não ficaram feridos. Amendrotados, os profissionais pedem que a Guarda Municipal possa acompanhá-los nas ocorrências relacionadas à homicídios ou agressões.

Por volta das 19h de ontem, a viatura do Samu foi acionada para atender uma ocorrência na avenida Santa Gleide, zona norte de Aracaju. A informação era de que um homem de 27 anos havia passado mal e estava desmaiado. Ao chegar lá, a equipe do Samu constatou que o paciente estava bem e com bons sinais vitais e avaliou que ele não precisaria ser encaminhado ao pronto-socorro. De acordo com os socorristas, o paciente insistiu para ser levado ao Hospital Nestor Piva, e diante da situação, a equipe acabou acatando o pedido.

Foi durante o trajeto até o Hospital Nestor Piva que o pior aconteceu.  A socorrista Márcia Lira, que estava na USB, conta que dois homens em uma moto se aproximaram, disparando vários tiros. “Escutei um barulho, pensei até que era o pneu, mas depois percebi o paciente e a esposa deitados no chão e duas motos perto da viatura, cada uma de um lado. Fiquei em pé para ver o que tava acontecendo e um dos tiros pegou exatamente no local onde eu estava sentada. O condutor entrou em desespero, mas depois tirou a gente do local e levou ao Nestor Piva”, conta a socorrista.

A socorrista não sabe informar se o fato tem relação com o paciente e sua esposa ou se foi uma troca de tiros que atingiu acidentalmente a viatura. Mesmo abalados, os socorristas recolheram uma das balas que ficou na viatura e prestaram um Boletim de Ocorrência na Delegacia Plantonista.

Segurança

O fato envolvendo a viatura do Samu expõe um problema que há algum tempo atinge a categoria: a insegurança durante o horário de trabalho. De acordo com Márcia Lira, os profissionais desejam que a Guarda Municipal acompanhe as equipes socorristas nas ocorrências mais problemáticas. “O ideal para a gente seria o acompanhamento da Guarda Municipal em casos que sejam em bairros críticos, de madrugada ou que envolvam homicídios ou agressões. Muitas vezes, as pessoas acham que a equipe tem que resolver o problema e quando isso não acontece, elas querem descontar no Samu. Então, com a Guarda Municipal, elas pensariam duas vezes antes de qualquer agressão”, comenta.

Samu

A superintendente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe), Conceição Mendonça, informou à equipe de reportagem do Portal Infonet que o caso é um fato isolado, mas que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) pretendem irão acionar a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para negociar uma parceria e obter o acompanhamento da Guarda Municipal. Conceição Mendonça destacou que o Samu tem a missão de salvar vidas e que a não deve ser submetido a este tipo de situação, pois a população é a principal prejudicada.

Por Verlane Estácio

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