Enfermeiros atuam no limite, aponta pesquisa da Fiocruz

Perfil foi divulgado nesta quinta-feira, 27 (Fotos: Portal Infonet)

“Profissão que precisa ser cuidada”. Foi essa a avaliação feita pela presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Estado de Sergipe (Coren/SE), durante a divulgação do resultado da Pesquisa Perfil da Enfermagem Brasileira nesta quinta-feira, dia 28.

No estado, a pesquisa foi realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e apoio do Conselho Regional de Sergipe (Coren/SE) em um trabalho realizado em cinco anos.

De acordo com a presidente do Coren/SE, a doutora Maria Claudia Tavares da Motta, a categoria já sinaliza estar no limite de atuação. “Essa pesquisa vem para dar um norte. A categoria está estressada no seu trabalho, seu labor é árduo e a gente vê hoje uma profissão que precisa ser cuidada. Nós somos cuidadores e precisamos ser cuidados. Estamos em alguns limites máximos de atuação, haja vista a quantidade de profissionais contratados e que são ínfimos perante o crescimento da população", avalia.

Presidente do Coren, Maria Claudia Tavares diz que realidade pode ser mudada

A pesquisa da Fiocruz aponta ainda que a equipe de enfermagem em Sergipe é composta em sua maioria por mulheres. “Essa pesquisa diz que a maioria dos profissionais é mulher, então é uma dádiva, mas um problema porque a mulher que também no seu lar cuida dos filhos, vai para dar plantão, e ela disse estar cansada e precisa ser valorizada. É uma categoria que não recebe um piso condizente e a realidade posta é preocupante, mas é uma realidade totalmente passível de ser mudada”, diz Claudia.

Valorização

Para a presidente do Conselho, a mudança passa por uma valorização do profissional. “Essa valorização passa por uma carga horária digna, piso salarial digno, e mudar essa realidade a gente consegue sim, unindo a categoria, dando as mãos. O Coren Sergipe não quer ser herói de nada, quer a companhia de todos os braços da enfermagem sergipana e é pra isso que estamos nessa gestão a frente há quatro meses e meio”, destaca.

Por Aisla Vasconcelos