Médicos reprovam reajuste de 5% e mantêm greve

Assembleia na manhã desta sexta-feira, 12 (Fotos: Portal Infonet)

Os médicos da rede municipal de Saúde, decidiram em assembleia geral, continuar em greve por tempo indeterminado [iniciada no último dia 8], em virtude de não aprovarem o reajuste de 5% anunciado na manhã desta sexta-feira, 12 pelo prefeito João Alves Filho (DEM).

Na assembleia desta sexta-feira, dia 12, no auditório do Sindicato da categoria, o Sindimed, o vice-presidente da entidade, José Menezes, destacou que desde o mês de novembro que se reúnem com a Prefeitura para discutir o aumento salarial.

“Desde o mês de novembro que estamos nos reunindo com a Prefeitura para discutir o aumento para este ano e a Prefeitura não se define. Ontem o pessoal ficou o dia todo na porta e não foi atendido. Coincidentemente a Prefeitura marcou o anúncio para o mesmo horário da nossa assembleia e só anunciou os 5% muito tempo depois. A categoria não aprovou e a greve continua, por culpa do prefeito João Alves Filho”, destaca.

Mobilização

Zé Menezes; "Estamos convictos de que a Prefeitura gosta de greve"

Zé Menezes disse ainda que conforme havia acerto da Comissão, que o aumento linear tenha cobertura da inflação do ano anterior, que deve ser retroativo a janeiro, de 6,4%. “Mas, segundo João Alves a data-base não é janeiro e sim maio, então deveria ser de 8,4% para a recomposição, nós estamos em 12 de junho e ele concede apenas 5%. Estamos convictos de que a Prefeitura gosta de greve para que não se passe exames, não se gaste remédios. A população é um detalhe”, lamenta.

Os médicos do município decidiram ainda na assembleia, a realização de um ato público na próxima terça-feira, 16, a partir das 10h na porta do Centro Administrativo José Aloísio Campos e uma assembleia a partir das 16h no mesmo dia, no Sindimed.

PMA

Ao fazer o anúncio do reajuste linear para os salários dos servidores municipais, o prefeito João Alves Filho (DEM) reconheceu como insuficiente o índice de 5% [que não repõe a inflação do período, estimada em torno de 8,5%]. “Reconheço que não é ideal, é um pouco abaixo da inflação. Mas assumo o compromisso de rever”, promete.

Por Aldaci de Souza