Médicos do município suspendem movimento grevista

João Augusto: "Não houve derrota" (Foto: Portal Infonet)

Após 22 dias de greve, os médicos da rede municipal de saúde decidiram suspender o movimento. O desembargador Osório Ramos decretou a ilegalidade da greve no último dia 18 de junho e na última sexta-feira, 26, o sindicato da categoria [Sindimed] entrou com recurso. Mesmo sem o Tribunal de Justiça ter julgado, os médicos aprovaram na tarde desta terça-feira, 30, a suspensão do movimento.

De acordo com o presidente do Sindimed, João Augusto Oliveira, a categoria decidiu suspender o movimento porque entendeu que o Governo municipal acabou enxergando e vendo o movimento dos médicos.

“Na nossa visão não houve derrota porque ele agora sentiu o grau de mobilização e a respeitabilidade dos médicos para com o sindicato e também obtivemos uma visão que tínhamos do Judiciário com relação ao pleito dos trabalhadores, por isso não íamos manter indeterminada a greve para não prejudicar mais a sociedade, ou seja, ele não julga os trabalhadores igualmente como julga o Governo, temos as ações civis públicas da sociedade que o Judiciário não julga e quando julga, não coloca a multa que colocou para os trabalhadores”, ressalta.

Decisão foi tomada na tarde desta terça, 30, em assembleia (Foto: arquivo Portal Infonet)

Recurso

João Augusto destacou que o Sindimed entrou na quinta-feira com o recurso, mas o relator não julgou ainda.
“A gente confirmou que o tratamento ia ser diferenciado e questiona a atuação dos desembargadores e acredita que na questão dos professores, tivemos três desembargadores favoráveis ao trabalhador, mostrando que não tinha negociação e sim reunião e a gente provou com as mesmas teses e espera que os três mantenham e ampliem os votos favoráveis aos médicos. Manter a greve simplesmente por manter não ia trazer ganho nenhum para a sociedade. E o Governo viu que a gente continua mobilizado”, diz acrescentando que manteve a greve por mais uma semana para mostrar à sociedade de que a saúde não está boa, não estão satisfeitos com o reajuste e não houve melhorias sinalizadas.

“A gente suspendeu agora para acabar o objeto jurídico e no dia 16 de julho vamos ter uma reunião com o líder do prefeito, o vereador Agnaldo Feitosa e o secretário da Saúde, Luciano Paz. O vereador está intermediando nesse processo e quase nos garantiu a presença dos secretários Marlene Calumbi e Igor Albuquerque. Com a presença dos três a gente espera ter um diálogo único e depois dessa reunião, espera ver realmente se tem uma luz de negociação porque se não tiver, o movimento volta num segundo momento e espera que não precise parar de novo, mas se for necessário, a mão é a arma que o trabalhador tem pra usar e fará uso”, alerta.

Por Aldaci de Souza

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