MPE tem vários inquéritos civis contra médicos

Promotor Antônio Fortes: "São profissionais que envergonham a classe médica" (Foto: Portal Infonet)

O promotor de Saúde do Ministério Público Estadual (MPE), Antônio Fortes, informou na manhã desta terça-feira, 28, que não só apenas o oncologista clínico, William Giovanni Panfiglio Soares, mas vários médicos foram denunciados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) ao Ministério Público Estadual (MPE), por estarem ganhando sem cumprir a carga horária exigida.

“São médicos que possuem mais de um vínculo, que foram contratados com uma carga horária e dão uma carga bem diminuta. Na Promotoria da Saúde temos vários inquéritos civis instaurados contra médicos e outros profissionais que simplesmente não cumprem horários. A saúde pública já está difícil, complicada, com pouca mão de obra e o profissional recebe para exercer determinada carga horária e de forma aviltante cumpre menos da metade”, lamenta.

No caso do oncologista William Giovanni Soares, a Promotoria da Saúde recebeu denúncia dando conta de que o médico empossado em 2006 e lotado em 2007 no cargo de clínico geral com atuação no Serviço de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), “recebia regularmente os proventos, apesar de não cumprir devidamente a carga horária. Ou seja, ele deveria cumprir uma carga de 30 horas semanais, mas só trabalhava por 12 horas ou menos e quando bem entendia”, destaca a Ação de Improbidade Administrativa, que foi dada entrada pelos promotores Alex Maia Esmeraldo de Oliveira, Antônio Forte de Souza Junior e Fábio Viegas Mendonça de Araújo.

“No caso específico do Dr. Willian Giovanni, foi demandada a Improbidade Administrativa. Se o magistrado entender, o médico deve devolver tudo o que recebeu a mais aos cofres públicos estaduais”, alerta Antonio Fortes acrescentando que juntamente com os colegas da Promotoria de Saúde estão trabalhado diuturnamente na fiscalização.

“Recebemos relatórios do TCE e de outros órgãos fiscalizatórios procurando a punição desses profissionais, que são minoria, mas envergonham a classe médica”, finaliza.

Ao Portal Infonet, o oncologista informou já não trabalhar mais no Huse e que não tem conhecimento de ser réu em um processo de Improbidade Administrativa que tramita na 21ª Vara Cível. Ele disse ainda que “colocaram 18 faltas, mas entrou com um procedimento administrativo interno pedindo que averiguassem e foi revisto. Todas as faltas foram retiradas e me pagaram esses dias”.

Por Aldaci de Souza

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