Oncologia: comissão da OAB pede esclarecimentos ao Huse

Visita aconteceu na oncologia do Huse (Fotos: Portal Infonet)

A comissão de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB/SE) esteve na manhã desta sexta-feira, 18, visitando as instalações do setor de oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).

A visita teve por objetivo solicitar esclarecimentos à direção do Huse quanto ao que está sendo feito em benefício dos pacientes com câncer e que estão com o tratamento interrompido por conta da máquina que está quebrada. Para muitos pacientes, a situação está complicada. 

Segundo o coordenador de Saúde da Comissão dos Direitos Humanos, Rodrigo Vasco, diante da situação, a OAB irá se posicionar firmemente sobre a questão. “A gente encontra uma dedicação muito grande dos funcionários, mas ao mesmo tempo existe uma limitação burocrática para conseguir solucionar o problema da radioterapia e uma dificuldade muito grande de adquirir um novo equipamento. Uma atitude é necessária e vamos avaliar qual atitude iremos tomar. Infelizmente, a minha percepção pessoal é que vai haver um período ainda de espera desses pacientes para solucionar esta questão”, lamenta.

Direção do Huse acompanhou a visita

Após a inspeção, a comissão irá apresentar um relatório da visita ao Conselho da Ordem com o objetivo de analisar a possibilidade do ajuizamento de uma ação civil para que o estado resolva o problema.

Huse

A superintendente do Huse, Lycia Diniz esteve acompanhando a visita da comissão e ao final, falou sobre a aquisição de um novo aparelho de radioterapia. “Acredito que a maneira de ajudar o paciente é a manutenção do aparelho porque o outro aparelho só chega daqui a um ano. Já foi licitada a casa mater que é uma estrutura reforçada para aceitar o aparelho. Houve a licitação da obra, o Ministério da Saúde  já esteve vendo o local e dentro de dois meses será construída a casa. Ela ficando pronta, tem mais sete meses para a máquina chegar em Sergipe e por isso estamos dando o prazo de um ano”.

Ainda segundo a superintendente, o que se precisa é uma manutenção constante na máquina. "O aparelho não tem manutenção preventiva e nem corretiva porque só pode ser mantido pela Siemens. Ela é uma empresa alemã que tem problema processual com São Paulo. A gente tem que fazer um contrato de manutenção com a Siemens, mas essa semana chegou os últimos documentos que estavam faltando para que a gente possa fazer uma licitação para contratação da Siemens para manter o aparelho", afirma. 

Por Aisla Vasconcelos