Mais de 400 pessoas têm a doença de Alzheimer em Sergipe

Maria Suzana: "O melhor tratamento é o afeto" (Fotos: Portal Infonet)

Mais de 400 pessoas são acometidas pela doença de Alzheimer no Estado de Sergipe. A informação foi passada pela presidente da Associação Brasileira de Alzheimer, Regional Sergipe (ABRAz/SE), a neuro-psicóloga Maria Susana de Souza, durante seminário multidisciplinar realizado no Dia Internacional de Combate à Doença de Alzheimer, comemorado na última segunda-feira, 21.

De acordo com ela, o número é relativamente grande em relação aos outros estados. “Eu atribuo isso à questão da migração que houve, depois que a imprensa divulgou que Aracaju é a segunda capital com maior qualidade de vida. Então, a gente tem um número muito grande de casos de Alzheimer, mas de pessoas que migraram para Aracaju com o objetivo de dar uma melhor qualidade de vida ao idoso já diagnosticado. Inscritos aqui na ABRAz, temos mais de 400 idosos”, ressalta.

Seminário foi realizado no auditório da Fundação São Lucas

Sobre os primeiros sinais da doença, ela destacou a perda de memória, o desinteresse de se integrar em alguma atividade, seja ela familiar ou social.

“Um outro fator de risco é a baixa escolaridade. Os sintomas estão muito relacionados aos fatores de risco; as demências estão acometendo em grande escala as pessoas idosas, dos 60 aos 70 anos é uma fase em que os casos de demência aparecem mais, mas muitas vezes por eles não terem boa escolaridade. O Brasil é um país em desenvolvimento e nós temos um número de analfabetos muito grande e esse é um dos fatores de risco, além de fatores da genética, mas nesse caso é um tipo específico, 99% dos Alzheimer são adquiridos de outros maneiras”. Explica.

Tratamento

Profissionais e familiares de pacientes participaram do evento

A médica deixou claro que a doença de Alzheimer é uma doença sem cura, mas há tratamento. “Mas é um tratamento paliativo, não é um tratamento de cura, é aonde pode ajudar a que esse idoso tenha uma melhor qualidade de vida e a doença não avance tão rapidamente. O grande papel da ABRAz é informar aos familiares e à sociedade de que não é porque é idoso e está com um quadro demencial que ele tem que ser abandonado. Há muito o que fazer por essa pessoa, que pode se integrar a alguma ação da qual ele se sinta capaz e útil nas questões diárias. A grande maioria dos familiares administra o medicamento e deixa ele lá praticamente isolado e isso acelera mais ainda o transtorno. Não há tratamento curativo, mas também não há outro tratamento mais eficaz do que o afeto para o paciente com Alzheimer”, enfatiza.

A ABRAz Sergipe é considerada uma instituição sem fins lucrativos que funciona em todo o pais. Em Sergipe, está localizada no 1º andar da Sociedade Médica de Sergipe (Somese), à rua Guilhermino Resende, nº 426, bairro São José. Informações podem ser obtidas pelos telefones 3042-2056/9975-8256.

Por Aldaci de Souza

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