Fissuras: 150 crianças podem ficar sem atendimento

Serviço Especializado funciona anezo ao Hospital São José, em Aracaju (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Os cerca de 150 pacientes com fissuras lábio leporino/palatino podem ficar sem atendimento devido ao não repasse de verbas por parte da Prefeitura de Aracaju, o que está levando a Sociedade Especializada no Atendimento ao Fissurado do Estado de Sergipe (Seafese), que funciona anexo ao Hospital São José, ao risco de fechar as portas nos próximos dias.

Segundo a psicóloga Ana Cecília Campos Barbosa, os repasses financeiros eram de R$ 100 mil mensais, mas devido a um decreto, a verba passou a ser por metas compartilhadas com o Hospital São Jose. “Com o decreto, a verba foi reduzida para R$ 50 mil, ou seja, a metade e mesmo assim a Prefeitura de Aracaju que é a responsável devido a Universalização da Saúde, está com as parcelas atrasadas desde julho deste ano”, lamenta acrescentando que a Seafese é o único serviço amplo nesse tipo de cirurgias e acompanhamento em Sergipe.

Fissuras devem ser acompanhadas por vários especialistas

Ela informou que os pacientes da Seafese contam com atendimento por uma equipe formada por psicólogos, assistentes sociais, dentistas, ortodentistas, buco-maxilos, cirurgiões-plásticos, enfermeiros e fonoaudiólogos, entre outros profissionais.

“O atendimento é extenso porque damos continuidade. Após a primeira cirurgia do lábio, aos três meses de idade, fazemos todo um acompanhamento da criança, os devidos ajustes. Com um ano, a criança passa pela cirurgia do céu da boca, com quatro a cinco anos, é verificada a questão da fala e com cinco a seis anos, é feita a ortognática [correção da mordida], portanto, o acompanhamento é necessário e sem os recursos, pode deixar de ser feito a qualquer momento”, teme.

Fissuras

Tratam-se de abertura no lábio ou no palato [céu da boca], podendo ser completa, lábio e palato, que resultam do desenvolvimento incompleto do lábio e/ou do palato enquanto o bebê está se formando. O lábio e o céu da boca desenvolvem-se separadamente durante os três primeiros meses de gestação. Nas fissuras mais comuns o lado esquerdo e o direito do lábio não se juntam, ficando uma linha vertical aberta. A mesma situação pode acontecer com o céu da boca ou palato.

Saúde

O Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, que ficou de verificar a situação quanto ao não repasse das parcelas e dar uma resposta. O Portal continua a disposição da Secretaria de Saúde para quaisquer esclarecimentos por meio do telefone 079 2106-8000 ou do e-mail jornalismo@infonet.com.br.

Por Aldaci de Souza

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