Sergipe está em situação de emergência em saúde pública

Secretário José Sobral anuncia situação de emergência em SE (Fotos: Portal Infonet)

Em reunião Extraordinária do Colegiado Interfederativo Estadual (CIE), realizada na manhã desta segunda-feira, 1º, no Palácio dos Despachos, o secretário de Estado da Saúde, José Sobral, declarou oficialmente que Sergipe, em toda a sua extensão, está em situação de emergência em saúde pública por alteração do padrão de ocorrência de microcefalia. A doença é uma má-formação do crânio e está relacionada com o Zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, conforme parecer do Ministério da Saúde.

Segundo Sobral, providências estão sendo tomadas para combater a epidemia de casos de microcefalia e, conforme recomendação do governador Jackson Barreto, a intenção é que o Governo de Sergipe trabalhe em parceria com as prefeituras municipais e com o Governo Federal.

“Em 2010, três casos de microcefalia foram registrados em Sergipe. No ano seguinte, um caso apenas. Em 2012, dois casos foram registrados. Em 2013 não houve casos. Já em 2014, duas ocorrências e em 2015, já foram registrados 78 casos de microcefalia, sendo 37 só em novembro. Os municípios que mais apresentaram casos foram Aracaju (17) e Nossa Senhora do Socorro (7), com menor registro na região do Alto Sertão Sergipano e Baixo São Francisco. Entre as unidades de saúde que mais diagnosticaram casos, estão a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (43) e Santa Isabel (13); São José, em Itabaiana (7) e Santa Helena (6)”, detalhou o secretário.

Dados divulgados por municípios sergipanos

José Sobral ressalta que instituições do Governo e da Sociedade Civil Organizada farão acompanhamento de ações em combate ao mosquito Aedes aegypti, dos registros epidemiológicos em parceria com os municípios, com o devido acompanhamento e pesquisas relacionadas aos casos registrados. “Asseguramos informes semanais sobre os casos, definição de fluxos de atendimentos, diagnósticos, vigilâncias e acompanhamento do recém-nascido com microcefalia”, acrescentou.

Fluxo de atendimento

Após alerta das unidades de saúde, o secretário de Saúde assegura criar um ambiente apropriado para mães e para bebês com suspeita de microcefalia, viabilizando a realização de exames clínicos imediatos e laboratoriais na criança, pesquisas e previsão de tomografia especializada até oito dias do nascimento para confirmação do diagnóstico.

Secretários municipais da Saúde, promotores de Justiça e representantes do Governo se fizeram presentes

Se a tomografia for considerada normal, o bebê deverá ser encaminhado para a Unidade Básica de Saúde. Se a tomografia apresentar alterações, o bebê receberá acompanhamento do segmento ambulatorial especializado. Proveniente da região de Aracaju, o segmento responsável será a Secretaria Municipal da Saúde. De outras regiões, a proposta é que o Hospital Universitário recepcione o paciente.

Conforme orientações do Ministério da Saúde de reforçar as ações de combate e controle do mosquito, que também é transmissor da Zika, da Dengue e Febre Chicungunya, carros fumacês deverão atuar estrategicamente em cada município sergipano. As ações deverão compreender estados, municípios e a União, com participação efetiva da população. O alerta geral para os casos de microcefalia relacionados com o Zika vírus se deu após identificação da presença do vírus em amostras de sangue e tecidos de um bebê nascido no Ceará, cuja ocorrência foi inédita na pesquisa científica mundial.

Por Nubia Santana

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