Cerca de 500 pacientes são transplantados fora de SE

“Nós temos 500 pacientes que foram encaminhados para outros estados" coordenador da Central de Transplantes, Benito Oliveira (Foto: Portal Infonet)

Sem estrutura para realizar transplantes, Sergipe encaminhou, somente este ano, cerca de 500 pacientes para outros estados. A maioria dos transplantes é renal, um procedimento que abrange mais de mil pessoas que fazem diálise no estado e precisam do transplante. O último transplante de rim foi feito em 2012.

“Nós temos 500 pacientes que foram encaminhados para outros estados. Mas não só isso, o paciente precisa voltar, tem o acompanhante e o gasto é significativo. A maior demanda é com o transplante renal”, diz o coordenador da Central de Transplantes, Benito Oliveira, ao ressaltar que  o valor destinado aos pacientes para alimentação é de apenas é de R$ 24,75 reais, por dia.

Segundo Benito, cerca de 1300 pessoas fazem alguma modalidade de diálise. O que é preconizado é que de 40 a 50% desses pacientes estejam inscritos para transplante. “Então entre 500 e 650 pessoas precisam de transplante de rim estado esse é um número significativo”, aponta.

Os únicos hospitais que atendem os requisitos para realizar os procedimentos são os hospitais privados. Os hospitais públicos, segundo o coordenador, não têm condições de fazer. Já o Hospital Universitário tem o perfil, mas precisa da ajuda do governo.
Córneas Córneas

Benito destaca também que  o Estado de Sergipe só faz transplante de córnea. Até foram feitos 122 transplantes de córnea, mas tem 148 pessoas na lista aguardando. “Para zerar esta fila precisamos de 74 doadores. Por dia temos uma média de 15 óbitos em Aracaju, então isso seria resolvido se houvesse uma sensibilização maior, mais informação da população e a participação do profissional da saúde. Isso é essencial”, propõe.

Doação

Para aumentar o número de doadores, a Central de Transplantes capacitou profissionais para a capitação de órgão. ”Estamos trabalhando a questão da doação que é ainda incipiente, mas temos condições de capitação de órgãos. Esse ano nós conseguimos habilitar uma equipe para capitação de órgãos abdominais, que são disponibilizados para outros estados. Esse ano capitamos 12 rins, 4 fígados, 2 córneas, 2 corações,  4 corações para válvula  e um pâncreas”, diz.

Solução

Para Benito, o Governo tem criar estruturas seja no Hospital Universitário ou em outras unidades, para que o estado possa voltar a fazer transplantes de outros órgãos. “O estado devia estabelecer um convênio emergencial com esses hospitais, que tem condições de realizar esses procedimentos. O Ministério da Saúde tenta facilitar essa remuneração para incentivar o estado. Ou uma parceria mais efetiva com o Hospital Universitário instrumentalizando, para que os procedimentos sejam feitos no estado”, propõe.

Por Eliene Andrade

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