Ana Paula Vasconcelos destaca importância do enfermeiro em casos de microcefalia (Fotos: Portal Infonet) |
Em virtude do elevado número de casos de microcefalia notificados em Sergipe, já contabilizados em 172 na última semana, e do lançamento do Protocolo Estadual para Assistência aos Pacientes com Microcefalia, 150 enfermeiros responsáveis técnicos discutem aspectos clínicos, acompanhamentos e fluxos de assistência frente ao cenário local relacionado à patologia.
De acordo com a conselheira do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-SE) e chefe da Divisão de Gestão de Cuidados do Hospital Universitário, Ana Paula Lemos, como o enfermeiro trabalha em várias áreas de assistência, ele tem contato com a mãe gestante durante a realização do pré-natal na atenção básica e, a partir daí, se faz importante a atuação do profissional no atual cenário de casos de microcefalia.
“O papel do enfermeiro é acompanhar o pré-natal da gestante e proceder com todas as orientações necessárias quanto à realização de exames, vacinas e classificação das doenças exantemáticas na gestante. Ele, provavelmente, vai ser um dos primeiros profissionais que irá detectar algum tipo de doença, a exemplo do que seria a sintomatologia da Dengue, da Chikungunya e da Zika”, ressaltou a enfermeira.
150 enfermeiros e responsáveis técnicos participaram do Programa Encontro com RT |
Ana Paula ainda destaca que, ao detectar os primeiros sinais e sintomas da microcefalia, o enfermeiro começa a atuar de acordo com o Protocolo de Assistência e segue acompanhando a mãe até o final da gestação.
“Tem também papel importante no leito do parto e na maternidade. Depois de nascido, o bebê deverá ser acompanhado por esse profissional, que exerce cuidados na fase do crescimento e do desenvolvimento dessa criança, com estimulação precoce, orientações para as mães e esclarecimento de dúvidas, em função da situação de vulnerabilidade em que muitas se encontram após o diagnóstico da criança”, explicou.
Encontro
As discussões relacionadas ao papel dos enfermeiros e enfermeiros responsáveis técnicos frente aos casos de microcefalia estão sendo debatidas no Programa Encontro com RT, promovido pelo Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe (Coren-SE). O evento está sendo realizado no auditório do Senac, no Centro de Aracaju.
Tatiane Graça já realizou procedimentos em mães e em crianças com microcefalia |
Através da sensibilização de 150 enfermeiros responsáveis técnicos, o Coren-SE se propõe a, entre os aspectos destacados, frisar que são diversos os fatores que ocasionam a microcefalia, a exemplo de uma possível relação da Zika com a doença, de gestantes fumantes, consumidoras de álcool que têm contato com radiação ionizante ou que possuem outras doenças, como rubéola ou toxoplasmose.
"Como enfermeira, o procedimento é pesar a criança, medir o perímetro cefálico e a estatura do bebê. Aspectos esses importantes para medir o grau de microcefalia em que a criança se encontra. Essas informações são precisas para saber como auxiliar no desenvolvimento e no crescimento da criança. O conforto junto às mães desses bebês é também de extrema importância, assim como a atuação dos demais profissionais da saúde que atuam em equipe multiprofissional. Entre eles, assistente social, médico, fisioterapeuta e fonoaudiólogo", compartilhou a enfermeira Tatiane Graça.
Por Nubia Santana
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