Aedes: população deve evitar se automedicar

Sidney Sá orienta a população a procurar uma uniddade de saúde (Foto: Arquivo Infonet)

A população brasileira aguarda um diagnóstico preciso para o Zika Virus, dengue e a Chikungunhya que têm o mesmo vetor, o mosquito Aedes aegipti. Enquanto as pesquisas avançam, estados e municípios buscam orientar a população quanto a melhor forma de lidar com a doença.

A orientação é para que assim que aparecerem os primeiros sintomas, a população procure um médico e não faça a automedicação por conta própria.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Sidney Sá, será preciso uma avaliação clínica para se ter o diagnóstico preciso. "O mosquito é o mesmo o Aedes que transmite essas três viroses e é mais um motivo para que a gente procure a assistência médica porque como as doenças são muito parecidas nas sintomatologia clínica é importante o diagnóstico vir através do médico observando e de um diagnóstico laboratorial. Não adianta eu achar que estou com dengue ou zika se eu não fizer o diagnóstico laboratorial. Mesmo que ele [médico] no momento não consiga lhe dar o diagnóstico laboratorial, ele vai dizer qual medicação tomar. Não adianta ouvir a voz do vizinho, ouvir a medicação que o vizinho tomou porque cada caso é um caso".

Diferença

Ainda segundo Sydnei Sá, o cuidado deve ser redobrado, já que os sintomas são parecidos. "Existem diferenças, mas os sintomas são muito parecidos como febre, dor de cabeça e as manchas vermelhas na pele que são características comum nas três doenças inicialmente. Elas só começam a diferenciar depois de alguns dias. A zika é muitas vezes assintomática, ou seja, você não tem sintoma, e quando tem é uma febre muito baixa que as vezes passa despercebida. Então mais um motivo para ter cuidado e cuidar das nossas casas para evitar o mosquito"

Kits

O Ministério da Saúde estará enviando para os municípios brasileiros o kit para o diagnóstico do zika.  Com a realização do teste, a previsão é que o resultado fique pronto em até 15 dias, já que atualmente o resultado fica pronto em média dois meses.

Até o momento a Secretaria de Estado da Saúde (SES) permanece no aguardo da chegada dos kits. "Estamos no aguardo desses kits, a princípio o ministério da saúde iria liberar agora pro mês de fevereiro, mas acredito que ainda chegue esse mês, estamos no aguardo. O nosso laboratório de referência segundo os próprios gerentes já informaram que estão tudo pronto e a espera da liberação dos kits. Os kits já chegaram ao Brasil e estão sendo liberados. Lógico que passa por um processo burocrático que tem que cumprir por esse processo e a gente está na espera".

Ouvidoria

A população também pode participar ligando para o 155 que é o número da ouvidoria da SES e denunciar focos do mosquito Aedes em todo o Estado do Sergipe.

"O 155 é o número que a pessoa deve ligar para fazer a reclamação. A ligação vai cair na ouvidoria e o atendimento será encaminhado para o município responsável. O que é do estado a ouvidoria vai encaminhar a demanda pra nós e o que não é, vai pro município", informa Sydnei.

Resultados

Zika
Até 05 de fevereiro de 2016, foram coletadas e enviadas para o Laboratório de Referência Nacional, 682 amostras de casos suspeitos de Febre do Zika. Até o momento, temos o resultado de 124, nas quais não foi detectado o Zika vírus, e as demais ainda aguardam resultados. 191 amostras foram coletadas em Aracaju, 76 em Canindé e 42 em Nossa Senhora das Dores.

Chikungunya
Em 2014, em Sergipe, foram colhidas 68 amostras de casos suspeitos de Febre do Chikungunya e encaminhadas para o Laboratório de Referência Nacional, sendo apenas 1 amostra reagente no mês de outubro, tratando-se de caso importado de Feira de Santana (Bahia). Em julho de 2015, foi identificada a primeira amostra reagente autóctone, no município de Aracaju. Deste então, já foram confirmados laboratorialmente 194 casos, em 30 municípios. Aracaju (31 casos), Nossa Senhora das Dores (23) e Laranjeiras (19) concentram o maior número de casos.

Dengue
Em 2016, foram notificados até o presente 468 casos de dengue, com taxa de incidência de 20,87/100.000hab. O município que apresentou mais casos foi Itabaianinha com 143 casos, incidência de 345,38/100.00 habitantes.

Por Aisla Vasconcelos

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