Ipesaude: beneficiária cobra tratamento de radioterapia

Audiência aconteceu na manhã desta quarta-feira, 6 (Foto: portal Infonet)

Uma beneficiária do Ipesaude não está conseguindo realizar o tratamento de radioterapia porque o procedimento só é disponibilizado no Hospital de Cirurgia e ela divide a mesma fila com pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), o que para a promotora Euza Missano, não é justo, já que contribuiu por mais de 30 anos. Com o nome sendo preservado, ela participou de audiência na manhã desta quarta-feira, 6. Os representantes do Ipesaude também participaram e destacaram a possibilidade de o tratamento ser feito na cidade de Lauro de Freitas, na Bahia.

“Os pacientes que pagam o Ipesaude não podem ficar numa fila única do Estado, disputando espaço com os pacientes do SUS. Eles contribuíram a vida toda para o Ipesaude, então têm que ter um atendimento diferenciado. Por conta disso, o Ministério Público vai adotar providências para que o Ipesaude ofereça alternativas, inclusive em  Tratamento Fora do Domicílio (TFD) para os seus pacientes para que não sejam submetidos ao constrangimento de não receber o atendimento adequado no Estado”, explica a promotora dos Direitos do Consumidor.

Na audiência, a denunciante explicou que precisa se submeter a 35 sessões de radioterapia, por conta de um câncer no seio. “Comecei o tratamento no dia 6 de janeiro de 2016 e até hoje, um mês depois, consegui fazer apenas cinco sessões. Essa interrupção do tratamento gera graves prejuízos físicos e emocionais não só a mim, mas a outros pacientes do Ipesaúde aguardando atendimento no Hospital de Cirurgia”, lamenta.

Segundo o diretor de Assistência à Saúde do Ipesaúde, Eduardo Tadeu Azevedo, diante da escassez do serviço de radioterapia [o contrato é apenas com o Hospital Cirurgia], foram contratados serviços no município baiano de Lauro de Freitas para que os pacientes possam receber o tratamento fora do domicílio. “O valor pago da diária é de R$ 220, mas só é reembolsado após o tratamento, com a comprovação da despesa”, ressalta acrescentando que cerca de seis pacientes fazem o tratamento na Bahia e que o Ipesaúde fornece a passagem ida e volta, mas não disponibiliza local para a estada.

Como a denunciante não tem condições de se manter durante um mês em Lauro de Freitas, a promotora a orientou quanto aos direitos, a exemplo da possibilidade de ajuizamento de ação individual, independente das diligências do Ministério Público, para obter a continuidade do tratamento radioterápico.

Eduardo Azevedo se colocou à disposição para recebê-la no Ipesaude, caso a mesma encontre solução para fazer o tratamento em Lauro de Freitas.

Por Aldaci de Souza

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