Queda no número de cirurgias no HC é debatida no MPE

Audiência foi realizada na manhã desta quinta-feira, no MPE (Foto: Portal Infonet)

Desde quando o Núcleo de Controle, Avaliação, Auditoria e Regulação (Nucaar) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) assumiu a gestão para marcação de consultas e processos cirúrgicos no Hospital Cirurgia, o número de atendimentos e procedimentos caíram significativamente, mesmo a unidade hospitalar oferecendo capacidade para receber mais pacientes.

Em audiência realizada no Ministério Público Estadual (MPE) na manhã desta quinta-feira, 14, sob mediação do Promotor de Justiça Antônio Forte de Souza Junior, neurocirurgiões, cirurgiões buco-maxilo-facial, representantes do Hospital Cirurgia, do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) apresentaram uma série de reclamações quanto ao sistema utilizado pelo Nucaar.

“Antes as marcações eram feitas pelos próprios médicos, e eles controlavam isso. O Hospital Cirurgia conseguia manter 40 procedimentos cirúrgicos, mas no final de 2015, quando entrou a Nucaar, o número de cirurgia diminui bastante, assim como os atendimentos médicos no hospital”, disse o promotor Antônio Fortes.

No termo de audiência, os neurocirurgiões alegaram que antes do sistema implementado pelo município, eram atendidos 12 pacientes por turno, sendo nove turnos por semana, e agora, apenas quatro pacientes são atendidos nos mesmos nove turnos. Acrescentaram ainda que há quantitativo médico suficiente para mais atendimentos.

Na palavra dos representantes do Huse, ainda conforme o termo de audiência, a morosidade na marcação de cirurgias e o baixo número têm proporcionado prejuízos ao Huse, e pedem a melhoria do sistema utilizado pela Nucaar.

Segundo o promotor Antônio Fortes, essa primeira audiência foi realizada para as partes apresentar suas colocações e se constatar o ‘caos’. “Eles reafirmaram suas reclamações e a necessidade de melhorias. Nos reuniremos dentro de 30 dias, e antes disso cada parte continuará dialogando antes da próxima reunião no MP”, afirmou. As partes ficaram de se reunir na sede da Nucaar no próximo dia 20.

A Nucaar também participou da audiência e se defendeu afirmando que “o fluxo instituído pela SMS baseou-se no cumprimento de Ação Civil Pública e bem como recomendações do MP”. A Nucaar disse ainda entender que existem falhas no fluxo, mas rechaça que a atuação do município está vinculada a vários fatores. Procuramos a Secretaria Municipal de Saúde para mais esclarecimentos, mas não obtivemos êxito. Permanecemos à disposição através do telefone 2106-8000 ou do e-mail jornalismo@infonet.com.br.

Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio

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