Superlotação: parturientes sofrem novos transtornos

Ambulância transporta as pacientes de uma para outra maternidade (Fotos: Portal Infonet)

A superlotação nas duas maternidades da capital sergipana se tornou um problema recorrente. Constantemente, o atendimento é suspenso temporariamente por falta de vagas nos leitos da Maternidade Santa Isabel, provocando grandes transtornos a parturientes que são obrigadas a migrar para a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. Na manhã desta quarta-feira, 27, não foi diferente.

Os gestores de ambas as maternidades, Luiz Eduardo Prado, superintendente da Nossa Senhora de Lourdes, e Douglas Rosendo, administrador da Santa Isabel, admitem os transtornos e refelam que a situação permanecerá incontrolável devido à disparidade existente entre a capacidade de atendimento de ambas as unidades e a grande demanda. Para os administradores das maternidades, a situação só será controlada quando as unidades do interior do Estado funcionarem regularmente e também quando as duas outras previstas para a capital entrarem em funcionamento.

Segundo Douglas, nesta quarta-feira, 27, foram realizados 28 atendimentos dos quais 19 pacientes vieram de outras cidades, inclusive dos Estados da Bahia e Sergipe. Como consequência desta deficiência, conforme adverte Luiz Eduardo Prado, o foco da Nossa Senhora de Lourdes, que seria o atendimento de alto risco, acaba desviado. “Tem pacientes que vêm para cá para tirar dúvidas do pré-natal”, comenta Luiz Eduardo, observando que questões desta natureza poderiam ser solucionadas pelas unidades de atendimento básico mantidas pelas prefeituras.

Pacientes

Atendimento na Santa Isabel depois do tumulto 

Mães de pacientes ficam revoltadas com falta de atendimento 

Os familiares das pacientes ficam desesperados quando chegam à maternidade e encontram dificuldades no atendimento. A dona de casa Fátima Almeida, 33, é Carira e estava acompanhando a filha, uma adolescente de 14 anos, que ganhou o bebê na terça-feira, 26, na Maternidade Santa Isabel. “A gente chegou aqui na segunda meia noite e foi muito demorado, fiquei muito aflita”, conta.

Na manhã desta quarta-feira, 27, a comerciante Maria Jeilza França, 45, chegou à Santa Isabel para encaminhar a filha para a sala de parto, acompanhada do genro, Cleiton Farias, 23. Justamente no momento em que o atendimento havia sido suspenso temporariamente por falta de vagas. “Só depois de muita zoada é que eles atenderam”, comentou.

“Vim de Socorro [Nossa Senhora do Socorro] porque lá eles mandaram para aqui e quando chegamos aqui, eles mandaram para a Nossa Senhora de Lourdes e lá eles mandaram a gente voltar pra cá de novo e só depois que começou a confusão é que eles começaram a atender”, conta a ajudante de cozinha Maria Lúcia Santos, 55, que chegou à Maternidade Santa Isabel acompanhada da filha, uma jovem de 26 que está aguardando o primeiro filho.

Por Cássia Santana

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