População dificulta combate à Aedes Aegypt

Agente procurando focos do Aedes aegypt (Foto: Arquivo Infonet)

A população ainda dificulta o combate aos focos do Aedes aegypt. De acordo com a brigada itinerante dos agentes de endemias, o maior obstáculo para a realização do trabalho dos agentes são as residências com portas fechadas. Em Sergipe, 114 casos de microcefalia foram confirmados, além de 27 de zika, 2954 de chikungunya e 1.260 de dengue. 

No fim de junho, foi sancionada uma lei que permite o ingresso forçado de agentes de saúde em imóveis públicos e particulares abandonados para ações de combate, mas a dificuldade ainda persiste em imóveis em que os residentes não aceitam a visita do agente. “Muitas casas não abrem as portas para os agentes e isso dificulta muito o trabalho, porque eliminamos um criadouro, mas pode ser que nessas casas fechadas existam outros”, alega. Ela ressalta que, nesse primeiro semestre, os dados apontam que, dos mais de 180 mil imóveis visitados, mais de 100 mil criadouros foram eliminados.

A coordenadora também alerta que a equipe de agentes de endemias é totalmente identificada. “Todos os agentes trabalham fardados, com crachá e os acessórios que usamos, como bolsas e bonés também são fáceis de identificar”, relata. Trindade ainda chama atenção para o papel que a população precisa assumir. “É muito importante que os cidadãos façam a limpeza dentro de suas residências, porque 82% dos criadouros estão dentro de nossas casas”, completa.

Greve dos Agentes de Aracaju

Apenas 25% dos agentes de endemias do município de Aracaju estão nas ruas combatendo os focos da dengue. A causa é a greve, que foi iniciada no dia 31 de maio, reivindicando reajuste salarial. Enquanto a situação não é solucionada, as visitas às residências diminuem. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, na capital, foram confirmados 25 casos de microcefalia, 11 de zika e 488 de chikungunya e 475 de dengue.

Segundo informações do supervisor geral do programa de Combate ao Aedes, Elielson Rodrigues, as ações não estão sendo totalmente prejudicadas, mas o número de visitas às residências diminui. “Com as visitas levando mais tempo para serem feitas, o levantamento do liraa, que era pra ser feito em uma semana, pode levar até três pra ser concluído”, informa. Segundo o supervisor, os agentes comunitário de saúde estão ajudando no trabalho e somando cerca de 95 agentes nas ruas de Aracaju. O liraa é o mapeamento rápido dos índices de infestação por Aedes aegypt, realizado pelas secretarias de saúde.

Para ajudar no trabalho, a população também pode ligar para 156 e informar a área que tem possíveis criadouros.

Por Jéssica França

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