Prevenção é uma forte aliada no enfrentamento ao HIV

(Foto: Ascom SES)

“Nunca achamos que podemos estar vulneráveis”. A afirmação feita por M.F.S, 58 anos, mulher que há sete anos convive com o HIV, revela o grande desafio no enfrentamento ao vírus. A cada dia, novos casos são registrados. Somente em Sergipe, mais de 5 mil pessoas vivem com o HIV. As estatísticas são alarmantes também quando observados os 800 mil casos no Brasil e 34 milhões em todo o mundo. O Dia Mundial de Luta contra a Aids abre o mês de dezembro com ações estratégicas  que chamam a atenção da população quanto à necessidade de adotar medidas preventivas, além de desmistificar a doença e esclarecer sobre os tratamentos.

“Ainda vivemos uma epidemia de HIV. Esse fato se agrava porque parte da população banaliza o problema”, alertou o médico Almir Santana, que é gerente do Programa Estadual IST/Aids, da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

No caso de M.F.S. que é viúva e foi casada por 34 anos, a transmissão ocorreu através de seu esposo, que faleceu 12 dias após descobrir que estava com Aids. “Eu era casada e fiel. Só tive ele como parceiro. Nunca imaginei passar por essa situação”, revelou M.F.S, que é representante do Movimento Nacional de Cidadãs Positivas.

Há um ano, ela vem utilizando o coquetel e realiza o acompanhamento necessário para garantir a qualidade de vida e minimizar os efeitos colaterais dos medicamentos. “Esse vírus não escolhe cor, idade ou religião. As pessoas precisam se prevenir e realizar o teste. Essa conscientização vale especialmente para as mulheres casadas e idosas”, apela M.F.S, que reconhece os esforços da Secretaria de Estado da Saúde na promoção de ações voltadas à prevenção.

Justamente para fortalecer o enfrentamento ao HIV, novas estratégias surgem em sintonia com as Políticas Públicas de combate ao vírus. Além do uso da camisinha, existem outras medidas preventivas, como é o caso da Prevenção Combinada que reúne procedimentos que vão da detecção do vírus à condução do caso para cada tipo de situação. Tratamentos como prevenção, Profilaxia pós-exposição (PEP) e profilaxia pré-exposição (PrEP) fazem parte dessa estratégia.

O médico Almir Santana, gerente do Programa Estadual de IST/Aids, explica que o primeiro passo da Prevenção Combinada consiste na realização do teste para detectar se o indivíduo é, ou não, soropositivo. A partir daí, será indicado o tratamento para evitar infecções oportunistas, bem como para impedir a transmissão do vírus para outras pessoas.

“Nos casos em que tiver ocorrido relações sexuais desprotegidas com uma pessoa soropositiva, ou violência sexual e outras situações de risco, como os acidentes com seringas e agulhas, poderá ser aplicada a Profilaxia Pós Exposição (PEP), que é a utilização de medicação antirretroviral”, explicou o médico.

Ele acrescentou, ainda, que a administração desses medicamentos deve ocorrer nas primeiras 72 horas após a exposição, sendo que o tratamento se torna ainda mais eficiente se iniciado nas primeiras duas horas. O procedimento dura, ao todo, 28 dias.

Outra medida que integra a Prevenção Combinada é a realização do teste rápido durante o pré-natal. O exame deve ser realizado tanto pela gestante quanto pelo seu parceiro. Caso o resultado seja positivo ou reagente, essa medida, seguida do tratamento adequando, reduz o risco de transmissão do vírus para o bebê.

Além disso, são necessários cuidados referentes à utilização de seringas e agulhas. Esses materiais devem ser utilizados apenas se for novos ou esterilizados adequadamente.

Com informações da Ascom SES

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