Ação de alerta quanto ao diagnóstico precoce e sintomas da endometriose realizada no HU (Fotos: Portal Infonet)
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O atraso de sete anos em média para o diagnóstico da endometriose motivou uma ação de médicas ginecologistas realizada na sede do Hospital Universitário (HU) na manhã desta quinta-feira, 9. “Nosso país tem muitas pesquisas sobre a doença, mas, infelizmente, a gente ainda não tem um diagnóstico precoce”, diz uma das médicas autoras da ação, Daniela Siqueira Prado.
A médica explica que para que haja o diagnóstico é preciso que a mulher se atente para os principais sintomas da doença, como cólica menstrual que aumenta de intensidade progressivamente ao longo do tempo e dor em abdome inferior durante a relação sexual.
“Havendo esses sintomas é preciso que a mulher procure auxílio médico para que tenha o diagnóstico e o tratamento mais precocemente possível”, alerta. Segundo Daniela Prado, março além de ser o mês de comemorações pelo Dia Internacional da Mulher – 8 de Março – também é o mês de conscientização da endometriose.
“A prevalência de números de casos de endometriose é subestimada justamente pelo atraso dos diagnósticos. Mas, a estimativa, de acordo com um estudo nacional é que 6 milhões de brasileiras têm endometriose. Agora a gente não tem essa estatística com dados de Sergipe, porque é difícil. Muitas mulheres têm o sintoma e não sabem que têm a doença”, explica.
Diagnóstico
O diagnóstico da endometriose é feito por meio de vídeo-laparoscopia com biopsia das lesões, que consiste, de acordo com a ginecologista Thaís Serafim Leite, que consiste num procedimento cirúrgico realizado geralmente com anestesia geral. “É um exame e manipulação da cavidade abdominal através de instrumentos de ótica, bem como de instrumentos cirúrgicos delicados que são introduzidos através de pequenos orifícios no abdome”, explica.
Mas, o tratamento da doença, de acordo com Thaís Leite, pode ser iniciado já a partir dos primeiros sinais sintomas sugestivos para a endometriose. “A intenção é que a doença seja tratada antes que ela progrida e a paciente venha ter infertilidade e dor pélvica crônica informa”, orienta, alertando que a endometriose é uma principais causas da infertilidade na mulher.
A doença pode ser tratada com medicamentos que bloqueiam a menstruação ou com cirurgia. Além de ações que melhorem a qualidade de vida, como exercícios físicos, alimentação saudável e psicoterapia.
Por Moema Lopes
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