Planos de Saúde são alvos de audiência no MPE

Audiência foi para a apresentação de explicações por parte dos planos de saúde (Foto: Portal Infonet)

Problemas no procedimento para autorização das operadoras de saúde (Plamed e Unimed) para a realização de exames de pacientes internados na urgência dos hospitais São Lucas, Primavera e do Coração motivaram uma audiência extrajudicial no Ministério Público Estadual (MPE) nesta manhã, 29, com a participação de médicos e representantes dos hospitais e operadoras.

"Os hospitais, para o atendimento dos pacientes de urgência, precisam de autorização da operadora de saúde para determinados exames. E muitas vezes o tempo de demora para conseguir o exame pode alterar o quadro do paciente e gerar prejuízos para o tratamento", informa promotora de Justiça da Promotoria de Defesa do Consumidor, Euza Missano.

Segundo ela, as partes e as operadoras de saúde apresentaram as explicações necessárias e o processo será encaminhado concluso para o MPE. "E a Promotoria vai analisar o procedimento para ver se há dano para o consumidor e com isso a necessidade, ou não, de ajuizar uma ação civil pública", explica Euza Missano.

Os representantes da Unimed informaram na audiência que atualmente o tempo de resposta para autorização do exame sujeito a regulação é de 40 minutos, todavia, reconhecem que esse tempo tem sido extrapolado, mas a operadora não se exime de promover tratativas para diminuição do mesmo, até porque não é interessante para o plano a permanência do usuário em urgência hospitalar.

Já os representantes da Plamed orientaram que seja disponibilizado intercâmbio entre o médico da urgência e o profissional da central de atendimento em 24 horas. E informaram que não sabem precisar o tempo resposta, vez que não tiveram acesso aos informes dos autos.

Diante das denúncias, a Operadora Plamed propôs rever o fluxo junto com os hospitais para melhora da responsividade, informaram, ainda, que já existe pauta na empresa para a liberação prévia de alguns exames especializados isentando-os de autorização.

Por Moema Lopes