Somente quatro ambulâncias do Samu operaram no São João

Documento de transferência do servidor (Fotos:Sindicato dos Condutores do Samu)

O Sindicato dos Condutores do Samu fez duras críticas e graves denúncias contra o superintendente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Márcio França.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Condutores do Samu, Adilson Melo, os motoristas têm sofrido assédio moral e alguns estão sendo perseguidos. “Toda a crise está relacionada ao grande quantitativo de ambulâncias quebradas, que às vezes chegam a 30 por dia. Os servidores estão trabalhando sob ameaça. Barra dos Coqueiros têm quase dois meses que está sem viatura e a população desassistida, porque a gestão não consegue consertar esses carros e tenta manipular o servidor, querendo que ele saia do seu local de trabalho e fique de um lado para outro. O servidor se negou e teve seu ponto cortado além de receber um documento informando que ele seria transferido”, relatou.

Ele ainda informou que foi prestado um Boletim de Ocorrência (BO) e que o servidor ainda não foi transferido. “Nós formalizamos a denúncia através de BO e quanto ao servidor, esse ainda não foi transferido, mas não temos garantias por parte da Secretaria de Saúde de que ele não será. A gente acredita que a repercussão da mídia é que tem segurado essa transferência”, comentou.

Ainda de acordo com Adilson, no período do São João apenas quatro ambulâncias de atendimento avançado estavam trabalhando. “Em pleno são João, das 16 UTI’s móveis, apenas quatro estavam fazendo a cobertura de todo estado. Estava em atividade a UTI de Rosário do Catete, a da PRF [Polícia Rodoviária Federal], Nossa Senhora do Socorro e Canindé do São Francisco. Cidades como Itabaiana, Estância, Propriá, Glória, Capela, Porto da Folha ficaram desassistidas, tudo isso por causa de ambulâncias quebradas e da desorganização da gestão”, comentou.

Ao chegar ao local, um carro da funerária já estava no local

O presidente do Sindicato ainda acrescentou que 20 ambulâncias de atendimento básico também estavam paradas e para completar a situação, a regulação do Samu não está funcionando da maneira que deveria. “Além das ambulâncias quebradas, as poucas que tem, às vezes, se deslocam para atender uma situação completamente desencontrada, como a que aconteceu no último sábado. A regulação do Samu mandou uma equipe para constatar um óbito no povoado Pedreiras e ao chegar ao local a vítima já estava no caixão”, relatou.

Assessoria de Comunicação

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece que ao contrário do que foi denunciado pelo sindicato dos condutores do samu, o que houve foi uma tentativa de garantir um bom funcionamento com a organização de atividades de apenas dois funcionários. um técnico de enfermagem que sairia da Barra dos Coqueiros para Aracaju e um condutor que apenas mudaria de veículo. Os dois se recusaram a fazer o serviço para o qual foram contratados. a lei garante que o gestor possa fazer mudanças a depender da necessidade do sistema sempre resguardando a função de cada servidor.

Em relação às reclamações referentes ao quantitativo de ambulâncias em atividade, a SES informa que algumas viaturas precisam passar por revisão e reparos de forma sistêmica, o que é normal e não causa desassistência à população. Durante a noite de são joão, a ses afirma que não houve falta de atendimento, as quatro ambulâncias que estavam em serviço foram suficientes para suprir a demanda.  A redução no número de viaturas foi necessária devido a um reordenamento das bases, motivado pelas mudanças na programação dos festejos por parte dos municípios.

Por Alcione Martins

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