Testes rápidos de ISTs serão retomados na próxima semana

Coordenador do programa, médico Almir Santana (Foto: Arquivo Infonet)

A partir da próxima semana o Programa ISTs/Aids da Secretaria de Estado da Saúde retoma os testes rápidos para detecção do HIV, o vírus da Aids, e outras infecções sexualmente transmissíveis. A informação é do coordenador do programa, médico Almir Santana, que nesta semana enfrentou um grande dilema ao tomar conhecimento de que enfermeiros estariam proibidos de realizar a testagem rápida.

O que ocorreu, na verdade, foi um equívoco, um entendimento errôneo sobre a decisão judicial que atendeu ação movida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) contra o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que, supostamente, proibia a atuação de enfermeiros na realização de testes de diagnósticos, sejam eles HIV/Aids, sífilis e hepatites B e C.  “A proibição não alcança os programas que seguem protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, a exemplo do IST/Aids, Hepatites Virais, Hipertensão Arterial e Diabetes”, explicou.

Na avaliação de Almir Santana é preciso que os Conselhos Federais de Medicina e de Enfermagem publiquem uma nota técnica sobre toda esta situação, esclarecendo quais são os procedimentos que são atingidos pela decisão judicial e aqueles que não são. “É importante que tenhamos este esclarecimento para evitar prejuízos à saúde da população”, enfatizou Almir Santana, tomando como exemplo o ocorrido na Maternidade São José, em Itabaiana, no feriado desta quinta-feira.

Segundo ele, a maternidade suspendeu a realização dos testes rápidos que são feitos na hora do parto. “Imediatamente solicitei que não parassem com os exames, pois os danos à saúde das parturientes e bebês são enormes quando não se detecta as ISTs precocemente”, disse.

Os Conselhos Federal e os Regionais de Medicina expediram nota explicando que a decisão judicial não compromete os programas de saúde pública no escopo da Atenção Básica, pois não impede enfermeiros de repetirem terapêuticas, procedimentos e exames que tenham sido solicitados previamente por médicos.

Fonte: SES