A nordestinidade da cantora Amorosa

Telúrica. Relativo à Terra. Chão. Estrada que começou a ser percorrida há 20 anos. Caminhos tortuosos, que a levaram ao topo. Hoje, ela é reconhecida e amada por sua gente. Opiniões fortes dessa brava itabaianense que não tem medo de dizer o que pensa. Doa a quem doer, custe o que custar. Derrubando obstáculos e vencendo embates ela colhe inimigos e conquista admiradores. Mas deixa rastros de música por onde passa. O projeto Quintas da Assaim abre alas e deixa Amorosa passar. SERGIPE CULTURAL – Fale um pouco sobre o seu mais novo CD, intitulado Minha Gente. AMOROSA – Eu costumo chamar este trabalho de “CD extra”, porque ele não será comercializado. As pessoas só terão acesso a ele através das empresas que estão patrocinando este trabalho. O disco é uma homenagem que a gente faz através da música a figuras de Sergipe, como Núbia Marques, Padre Pedro, Zé Peixe, Oviêdo Teixeira, Gentil Barbosa. São nove composições minhas e uma de Ismar Barreto. O CD está para ser lançado em novembro. SC – Por que “Telúrica”? AMOROSA – Por que eu sou terra, eu sou chão. Eu não sou só o chão de Sergipe, da minha terra, eu sou o chão do Brasil também. Eu gosto de tudo o que o Brasil faz em termos de música. Mas eu sou uma “telúrica”que também consigo voar, que também sabe alçar vôos maiores. E eu falo isso no sentido de percepção. SC – Quais são os seus projetos? AMOROSA – Meu projeto primeiro é lançar este CD Minha Gente. Nesses 20 anos de carreira eu vou fazer algumas homenagens a pessoas que me ajudaram, porque no caminho você sempre encontra alguém que lhe dá a mão, e eu quero reconhecer todas essas pessoas. Quero fazer um CD ao vivo em 2004, que as pessoas têm me cobrado muito. E uma notícia muito bacana é que no próximo ano eu estou indo participar de um musical com 15 apresentações na Alemanha. SC – Qual a importância do projeto Quintas da Assaim? AMOROSA – Para mim é uma das mais felizes iniciativas no Estado. É impressionante como a cada quinta-feira a casa está mais cheia, o público tem prestigiado mais. É uma oportunidade de aproximar os nossos artistas do público de Sergipe, especialmente aqueles que são menos conhecidos. É também uma forma de interagir com o pessoal das artes plásticas, da literatura. Eu acho que o projeto é, na verdade, uma comunhão de arte que se consagra entre os que produzem e os que apreciam. SC – O que o público pode esperar da sua apresentação nesta quinta-feira? AMOROSA – Neste show a gente traz algumas novidades, a exemplo do telão, que nas outras edições do projeto não foi utilizado. Isso é uma forma de respeitar o público que fica numa determinada área da casa e não consegue ver o palco. Amanhã eu vou cantar Chico Buarque, Chico César. Vou cantar também músicas que eu gravei, a exemplo de Sofrendo e Toada. Vou cantar também Joésia Ramos, Ismar Barreto, não vou esquecer dos compositores de Sergipe. Vou interpretar o que eu gosto. Por Najara Lima

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