A cultura de Aracaju arrumou moradia. Uma rua, onde recebe visitas de tantas pessoas, que não dá mais para rotulá-las com um só nome. Antes, seu endereço era a Vila Cristina, um começo tímido, que a companhia de teatro Stultífera Navis, liderado por Lindemberg Monteiro ousou inventar. Mas, já lá, abrigava aqueles que precisavam de um espaço para mostrar sua arte e também os que estavam ávidos por conhecer essa arte. Ela cresceu, cresceu tanto, que não coube mais na pequena Vila Cristina. Sua música cantava muito alto, seu público muito expansivo e alternativo demais. Mudou-se, então para uma casa maior, que parece ter sido feita sob medida para ela e suas visitas: o Mercado Municipal. Na sua rua, agora, ela pode dormir tarde e seu microfone não é censurado. Ela hoje tem um nome, que cada vez mais é pronunciado com admiração e como referência de lazer cultural. A Rua da Cultura fez um ano de segundas-feiras decoradas com arte. Foi preciso uma semana inteira para comemorar a importância desse projeto no crescimento cultural da cidade tão carente de valorização artística. O público, que vem crescendo e se diversificando ao longo desse período, compareceu orgulhoso e impressionado com a dimensão que a antiga ruela tomou. Seu Tadeu, vendedor de balas, conheceu a pouco tempo o lugar e se diz surpreendido com o público da Rua, pois tinha preconceito com o visual alternativo do pessoal. “Mas é todo mundo tranqüilo, só vem aqui pra brincar e ficar conversando”, disse ele. Como seu Tadeu, o número de pessoas, que está descobrindo o valor da Rua e prestigiando sua cultura, deixa a cada segunda-feira, a rua Santa Rosa com mais um manifestante e apreciador da arte sergipana. Por Marina Ribeiro Confira as fotos da festa na seção E-VENTOS
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